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    Estrela de “Scandal” relata em livro descoberta de pai biológico e distúrbios alimentares

    Atriz Kerry Washington dá detalhes da vida pessoal em seu mais novo livro de memórias "Thicker Than Water"

    Kerry Washington lidou com distúrbios alimentares durante a faculdade
    Kerry Washington lidou com distúrbios alimentares durante a faculdade Reprodução/Kerry Washington/Instagram

    Caroline Ferreiracolaboração para a CNN

    São Paulo

    Em seu novo livro de memórias “Thicker Than Water”, a atriz Kerry Washington, de 46 anos, dá detalhes dos altos e baixos de sua vida, que incluem traumas, ansiedade e distúrbios alimentares.

    A estrela da série “Scandal”, da ABC, também conta que descobriu recentemente que seu pai, Earl Washington, não é seu pai biológico.

    “Quando recebi essa informação, pensei: ‘Agora conheço minha história'”, disse ela em entrevista à revista “People”.

    Segundo a publicação, os pais da artista contaram a ela sobre o pai biológico em 2018, quando Kerry disse que planejava aparecer em um programa de TV que apresenta celebridades descobrindo seus ancestrais por meio de testes de DNA.

    Com isso, o casal revelou ter recorrido a um doador anônimo para engravidar depois que eles enfrentaram problemas de fertilidade.

     

    “Acho que aquela dissonância de ‘alguém não está me contando algo sobre meu corpo’ me fez sentir como se houvesse algo em meu corpo que preciso consertar”, acrescentou Kerry sobre sua luta durante anos contra os problemas de autoestima e alimentares quando era jovem.

    Aliás, para a atriz, essas questões podem ter sido sintomas de uma percepção subconsciente do segredo que seus pais guardaram por anos.

    Lidando com tantos sentimentos, especialmente nos anos 90, quando estudava na Universidade George Washington, Kerry disse na entrevista que sua autoestima era perigosamente baixa. Foi nessa época que buscou a perfeição.

    Em um trecho exclusivo, também publicado pela revista, a estrela descreve com detalhes os comportamentos e hábitos perturbadores, que a levaram à beira do desespero.

    “Quando cheguei à faculdade, meu relacionamento com a comida e meu corpo havia se tornado um ciclo tóxico de autoabuso que utilizava as ferramentas da fome, da compulsão alimentar, da obsessão corporal e do exercício compulsivo”, explicou.

    “Eu, ao tentar reprimir meus sentimentos, entupia a cara, secretamente comia compulsivamente por dias seguidos, muitas vezes a ponto de sentir dor física, às vezes a ponto de desmaiar”, afirmou.

    Na sequência, Washington conta que, normalmente no dia seguinte, em uma cena que envolvia pratos sujos, caixas de comida e restos de comida, resolvia livrar o corpo de tudo que havia ingerido no dia anterior.

    “Mas não vomitando; isso era confuso – esse comportamento era para meninas com distúrbios alimentares, meninas fracas e indisciplinadas. Em vez disso, meu impulso para o perfeccionismo me direcionou para o controle, seja por não comer por dias seguidos, ou por me exercitar por várias horas, tudo na tentativa de corrigir os erros da compulsão alimentar”, acrescentou.

    “Embora eventualmente levassem a níveis insondáveis de depressão, a alimentação e os exercícios eram, a princípio, formas ideais de satisfazer comportamentos compulsivos, porque eu conseguia escondê-los com mais facilidade do que as drogas ou álcool […]”, continuou.

    “Se minha infância tivesse sido passada na busca constante de ser melhor, as sementes do perfeccionismo teriam florescido em autodesprezo”, finalizou.