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    Em ‘O Esquadrão Suicida’, James Gunn dá mais uma chance aos supervilões da DC

    Novo filme de Gunn traz traços de 'Guardiões da Galáxia' e atuações de Margot Robbie, Viola Davis e Idris Elba

    Brian Lowry, da CNN

    Esta é uma resenha opinativa de Brian Lowry para a CNN sobre o filme ‘O Esquadrão Suicide’

    ‘O Esquadrão Suicida’ é um título um tanto irônico para uma reformulação, mas é o que DC e Warner Bros. essencialmente fizeram, dando outra facada na equipe de supervilões cinco anos depois do esforço anterior.

    Pelo lado positivo, o filme do roteirista e diretor James Gunn é superior ao seu antecessor em quase todos os níveis. Equilibrando isso, o caos torna-se um pouco entorpecente, debilitando o efeito geral.

    Na melhor das hipóteses, Gunn consegue casar o humor do time de desajustados, enfeitado com uma pitada de emoção, como em seus filmes “Guardiões da Galáxia” para a rival Marvel com a energia alegre e a irreverência de “Deadpool”, atendendo aos fãs ansiosos para ver heróis (ou vilões) autorizados a se libertar completamente.

    Este novo “Esquadrão Suicida” também escolhe os melhores elementos do filme de David Ayer, trazendo de volta Margot Robbie como a ajudante homicida do Coringa, Arlequina, Joel Kinnaman como o coronel Rick Flag e Viola Davis como a implacável burocrata do governo que supervisiona Força Tarefa X, cujos subordinados obviamente preferem o apelido mais coloquial ao apostar em quem sobreviverá à missão.

    'O Esquadrão Suicida'
    Idris Elba e Viola Davis fazem parte do elenco do novo filme do Esquadrão Suicida
    Foto: Divulgação/Warner Bros.

    (Ayer discutiu recentemente que o filme lançado não era sua versão, mas qualquer comparação neste momento só pode ser baseada no que o público viu.)

    São nas especificidades da missão, na verdade, onde “Esquadrão Suicida” se desintegra um pouco, com a equipe enviada para uma nação-ilha fictícia conhecida como Corto Maltese, que recentemente sofreu um golpe, colocando em risco uma instalação secreta onde um alienígena informações estão sendo mantidas sob controle.

    'O Esquadrão Suicida'
    Margot Robbie volta a interpretar a Arlequina no novo filme
    Foto: Divulgação/Warner Bros.

    O trabalho do Esquadrão é penetrar o país e destruir tal instalação, lutando contra uma quantidade aparentemente infinita de soldados escalados para serem mortos, espigados e mutilados de maneiras criativas.

    Liderando a equipe, a contragosto, está um excelente atirador chamado Bloodsport (Idris Elba), cujas habilidades espelham essencialmente as de Peacemaker (John Cena), outro atirador supremo.

    Jogue o sempre faminto King Shark (dublado por Sylvester Stallone, canalizando Groot), e os poderes e personagens ficam cada vez mais obscuros – a menos que você seja um fã de Ratcatcher 2 (Daniela Melchior) e Polka-Dot Man (David Dastmalchian) – claramente se divertindo com os quadrantes mais estranhos do universo dos quadrinhos, em termos de tons, da mesma forma que a recente série da Disney + “Loki” fez.

    Em certo sentido, o simples fato de os filmes terem a liberdade para brincar de forma tão intrincada com tradição dos quadrinhos reflete o amadurecimento cinematográfico do gênero, assim como a tela encharcada de sangue sobre a qual Gunn pode pintar, salpicada de comédia de humor negro e até comentários sobre a política externa dos EUA. Apenas em termos de limites, DC volta ao território que “Watchmen” ocupou uma dúzia de anos atrás.

    Ainda assim, fica cada vez mais aparente que “Esquadrão Suicida” está essencialmente em uma competição para continuar se superando, o que significa que se houver uma sequência particularmente horrível no início, espere algo projetado especificamente para aumentar a aposta antes que ela acabe.

    'O Esquadrão Suicida'
    ‘O Esquadrão Suicida’ chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (5)
    Foto: Divulgação/Warner Bros.

    Para seu crédito, Gunn habilmente faz malabarismos com uma variedade estonteante de elementos, criando momentos memoráveis para seus diretores (Robbie, por exemplo, se sai muito melhor aqui do que no veículo de vitrine dedicado da Harley) e permitindo que os vários personagens coloquem os detalhes em movimento, geralmente na forma de histórias tristes e comoventes.

    O que falta ao filme, enfim, é um antagonista digno da equipe. Então, novamente, graças às suas outras atualizações, “Esquadrão Suicida” parece ainda menos provável de permanecer morto desta vez, então talvez essa seja uma lacuna que pode ser tratada na próxima sequência.

    “O Esquadrão Suicida” estreia em 5 de agosto nos cinemas do Brasil e na HBO Max.

    (Texto traduzido. Leia o original em inglês.)

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