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    Ed Sheeran e a fixação por símbolos matemáticos: cantor anuncia álbum “-” para maio

    Segundo o cantor, as novas músicas são resultado de seus “pensamentos mais profundos e obscuros”; leia a carta completa que ele enviou aos fãs

    Isabela Gadelhada CNN

    Ed Sheeran anunciou nesta quarta-feira (1º) o novo álbum “-” (Subtract/Subtração), para o dia 5 de maio deste ano. O novo trabalho foi produzido e teve colaboração na composição por Aaron Dessner, conhecido pelos álbuns “Folklore” e “Evermore”, de Taylor Swift – foi a cantora, amiga de Ed Sheeran há mais de uma década, que os apresentou.

    https://twitter.com/edsheeran/status/1630856148524859393?s=20

    Em suas redes sociais, o cantor também se abriu sobre os sentimentos por trás da criação do álbum. Confira a tradução abaixo:

    https://twitter.com/edsheeran/status/1630855896883404804?s=20

    Eu estava trabalhando em “Subtract” por uma década, tentando esculpir o álbum acústico perfeito, escrevendo e gravando centenas de músicas com a visão clara do que eu achava que deveria ser.

    Mas então, no começo de 2022, uma série de eventos mudou minha vida, minha saúde mental, e, por último, o jeito que eu via música e arte.

    Compor músicas é minha terapia. Ajuda a fazer sentido aos meus sentimentos. Eu escrevi sem pensar no que as músicas seriam, eu apenas escrevi qualquer coisa que saía de mim. E em apenas uma semana, eu substituí décadas de trabalho com os meus pensamentos mais profundos e obscuros.

    Em um mês, minha esposa grávida descobriu que tinha um tumor, sem alternativa alguma de trabalho até o parto. Meu melhor amigo Jamal, um irmão para mim, morreu de repente e eu me vi em um tribunal defendendo minha integridade e carreira como um compositor.

    Eu estava em um espiral de medo, depressão e ansiedade.

    Eu senti que estava me afogando, com a cabeça embaixo da superfície, olhando para cima mas não conseguindo emergir para respirar.

    Como artista, eu não senti que eu poderia colocar no mundo um trabalho que não representasse com precisão onde estou e como preciso me expressar neste momento da minha vida.

    Este álbum é puramente isso. É uma porta para a minha alma. Pela primeira vez, eu não estou tentando fazer um álbum para as pessoas gostarem. Estou meramente botando algo para fora que é honesto e verdadeiro ao meu momento atual na vida adulta.

    Esta é a introdução do meu diário de fevereiro deste ano e meu caminho para trazer um sentido a isso. Isto é “Subtract”.

    Confira a tracklist:

    1. Boat
    2. Salt Water
    3. Eyes Closed
    4. Life Goes On
    5. Dusty
    6. End Of Youth
    7. Colourblind
    8. Curtains
    9. Borderline
    10. Spark
    11. Vega
    12. Sycamore
    13. No Strings
    14. The Hills of Aberfeldy

    Por trás dos títulos matemáticos

    Quer saber o que há por trás das escolhas de nomes dos álbuns de estúdio do cantor? Ele explicou no ano passado em uma entrevista ao programa The Project NZ, da Nova Zelândia.

    Ed Sheeran disse que desde o início acreditava ter “um rosto para o rádio”, expressão que define quem tem uma ótima personalidade e voz, mas não tem uma aparência “necessária” para aparecer na TV.

    “Então eu meio que descobri uma maneira e pensei ‘vou fazer isso com cores e símbolos”‘, disse. “Eu pensei: ‘adoraria chegar em um ponto em que há um outdoor apenas com vermelho e um sinal de igual, ou verde com uma multiplicação, ou azul com uma divisão, ou laranja com um sinal de mais, e as pessoas dizem oh, vai lançar um álbum do Ed'”.

    Confira o trecho a partir de 3:07:

    Em 2011, Ed Sheeran lançou o ábum “+” (plus/mais), o início de uma jornada usando símbolos matemáticos como títulos de seus trabalhos – o que rendeu o apelido brasileiro carinhoso de “MC Tabuada”.

    Em 2014, lançou “x” (multiply/multiplicação); Em 2017 chegou a vez de “÷” (divide/divisão); em 2021 veio “=” (equals/igual) e, agora, é a vez de “-” (divide/divisão); que termina a era matemática do músico. 

    Em entrevista no tapete vermelho do VMA 2021, o cantor confirmou que o álbum após “Equals” seria o último e então “a matemática acabaria”. 

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