‘É uma perda irreparável’, diz produtor cultural sobre a morte de Paulo Gustavo
Produtor cultural e amigo do ator diz como o artista era nos bastidores e os motivos da comoção que sua morte por Covid-19 gerou
A morte de Paulo Gustavo na última terça-feira (4) por complicações da Covid-19 após mais de 50 dias internado deixou amigos e colegas do ator consternados, mas com boas recordações do período em que conviveram. Em entrevista à CNN neste sábado (8), o produtor cultural André Deca contou um pouco de como o humorista era fora de cena.
“É uma perda irreparável, muito triste. Ele virou um mega star, de as pessoas quererem tirar foto. Ele sempre trabalhou bem com as redes sociais e isso ajudou muito a ser o que foi. Já cheguei a fazer 5 sessões, com 15 mil pessoas assistindo, 3 mil por sessão. Ele sempre foi a mesma pessoa, fez graça com todo mundo, muito amigo, generoso. É muito difícil”, lamentou.
Deca contou também como ele e Paulo Gustavo se conheceram, e exaltou a personalidade do ator. “A gente dividiu teatro no Rio e em São Paulo, depois comecei a produzi-lo em Brasília. Isso foi 2008, ‘Minha Mãe É uma Peça’ já era sucesso no teatro, mas só virou estrondoso com o filme, foi um sucesso absurdo. Ele é um cara que não tem como você não gostar. Ficamos amigos”, contou à CNN.
Para o produtor, um dos motivos para a grande comoção nacional em torno da morte de Paulo Gustavo é o jeito “agregador” que o artista tinha.
“Ele sempre foi agregador, um cara generosíssimo. Realmente vamos sentir muita falta. De criança ao mais idoso, todos gostamos muito dele. No meio da pandemia, com o país dividido como está, o Paulo agregava, juntava tudo isso.”