Cramulhão na garrafa: entenda a importância do diabinho em “Renascer”
Muito presente nas novelas de Benedito Ruy Barbosa, o cramulhão representa a sorte para alguns personagens
Desde o primeiro capítulo de “Renascer”, José Inocêncio contou com a proteção de um cramulhãozinho, para guardar sua vida e lhe trazer riqueza. Ao manter a “entidade” em uma garrafa, o personagem criou um grande mito em cima de seu amuleto da sorte.
Sendo um dos maiores produtores de cacau, resistindo mesmo quando todos os outros fazendeiros perderam a sua produção para a vassoura de bruxa, uma praga, o personagem de Marcos Palmeira se tornou uma grande lenda em Ilhéus.
Na trama, muitos personagens acreditam que o produtor liberava o seu cramulhão da garrafa, subia em cima de um bode e sobrevoava a plantação para que a colheita do cacau fosse produtiva.
Ainda que tenha entregue a sua vida para o jequitibá, José Inocêncio se tornou muito fiel ao diabinho, o colocando do lado esquerdo de seu altar dentro de casa.
Todo o misticismo por trás do cramulhão fará com que Tião Galinha (Irandhir Santos) fique completamente fascinado com a história.
Com o sonho de enriquecer e proporcionar uma vida melhor para Joana (Alice Carvalho) e seus filhos, o catador de caranguejo ficará obcecado com a lenda do local.
De acordo com algumas crenças, o diabinho pode nascer do ovo de uma galinha e aquele que for dono da ave será contemplado com muitas riquezas.
Ao ver que José Inocêncio prosperou após conseguir seu próprio cramulhão, Tião escolherá uma de suas galinhas para chocarem o seu amuleto da sorte.
Cramulhão em “Pantanal”
Esta não é a primeira vez que a entidade surge em uma novela. Também escrita por Benedito Ruy Barbosa, o cramulhão fez parte da história de “Pantanal”.
Na trama exibida originalmente em 1990, o personagem Trindade possuía um pacto com o “coisa ruim”, algo que o proporcionava dons sobrenaturais, além de ser protegido pelo diabinho.