Condenados por participarem da morte de filho de Cissa Guimarães são presos no RJ
Rafael Mascarenhas faleceu em 2010, aos 18 anos; relembre; atriz comemorou prisão
A atriz Cissa Guimarães celebrou, na manhã desta quinta-feira (14), a prisão dos dois condenados pelo envolvimento na morte do seu filho Rafael Mascarenhas, em 2010.
“Depois de 13 anos de espera esse momento chegou. 13 anos da maior dor do mundo e sempre com medo que a impunidade vencesse, mas ela não venceu. Essa vitória é de todos nós contra a impunidade. Muita luz de Rafa para todos”, escreveu nos stories do Instagram.
Os dois condenados por envolvimento na morte de Rafael Mascarenhas se entregaram no Rio de Janeiro. Roberto e Rafael Bussamra, pai e filho, foram à Vara de Execuções Penais, na noite de quarta-feira (13).
Em agosto deste ano, o juiz da 16ª Vara Criminal condenou Rafael Bussamra a 3 anos e 6 meses de detenção, mais suspensão da habilitação para dirigir, e seu pai Roberto Bussamra a 3 anos e 10 meses de prisão, além de pagamento de multa. Rafael Bussamra irá cumprir três anos e seis meses, em regime semiaberto, pelo crime de homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
Já o seu pai, Roberto Bussamra cumprirá três anos e 10 meses por corrupção, também em regime semiaberto. Ambos poderão sair para trabalhar ou estudar e regressarem à prisão no período noturno.
Relembre o caso
Em 2010, Rafael, aos 18 anos, andava de skate no Túnel Acústico, na zona sul do Rio de Janeiro, quando foi atropelado por um carro em alta velocidade. Na ocasião, a via fechada para manutenção e com circulação de veículos impedida.
Momentos depois do atropelamento, Roberto, pai de Rafael, chegou ao local e tentou subornar os policiais para ocultação de provas.
Rafael Bussamra, que estava ao volante, foi sentenciado a 7 anos de prisão em regime fechado, além de 5 anos e 9 meses em semiaberto, em 2015. Já Roberto foi condenado a 8 anos em regime fechado e 9 meses em semiaberto. Ambos, porém, tiveram suas penas convertidas para serviços comunitários em 2016 pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Em 2019, o Superior Tribunal de Justiça acolheu recurso do Ministério Público e concluiu não caber a conversão da pena para serviço comunitário. O processo voltou recentemente de Brasília e o juiz da 16ª Vara Criminal cumpriu a decisão do STJ no final do mês de agosto.