CNN No Plural+: a potência do movimento Drag
Em 16 de julho, Dia Internacional da Drag Queen, uma homenagem a uma das comissões de frente do movimento LGBTQIA+
Feche os olhos. Quando você pensa em drag queen, o que te vem à mente?
Para mim, liberdade.
Liberdade para se vestir, para dançar, para performar. Para lutar pelo nosso espaço em uma sociedade que faz de tudo para nos deixar de canto.
Mas como deixar de canto tanta presença? E eu não estou falando dos vestidos, do salto e muitas vezes até do leque.
Estou falando da entidade que não passa desapercebida por ninguém. E nem é pra passar, né?
A primeira vez que eu vi uma drag queen foi a primeira vez que eu me vi como um homem gay. Foi a primeira vez que eu senti que eu pertencia a um lugar.
Toda vez que eu, espremido na balada, assisto a um show delas, eu penso: que talento conseguir subir em um palco e despertar sorrisos em tanta gente.
Um movimento capaz de marcar uma época.
Época em que mulheres não eram permitidas no palco, então homens se caracterizavam para interpretar papéis femininos.
Entre uma peça e outra, as drags viraram um movimento, pilar da cultura LGBT – e por que não a nossa vitrine? E que bonita ela é.
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Sabemos também que no Brasil tivemos ícones como: Rogéria, Jane di Castro, e Divina Valéria. Artistas que desafiaram a ditadura militar. Hoje, Pablo Vittar, Gloria Groove e tantas outras que também não fogem de suas lutas…
Ser drag é democrático, porque até quem não é, em algum momento, durante o show, já se colocou no lugar dela.
Nem que seja para uma apresentação para nós mesmos.
Amor próprio que extravasa nas roupas, cabelo, maquiagem dando força para lutar contra o preconceito. E abrindo portas para que mais e mais pessoas libertem quem são de verdade.
E se nessa descoberta surgir uma drag queen… Quem ganha somos nós.
*Produção de Letícia Brito.