Cancelada em Munique, Oktoberfest ainda está de pé em SP e Blumenau
“Nós estamos estudando todas as possibilidades de realização da festa, garantindo a segurança dos visitantes", afirmou a assessora Júlia Schefer
A maior festa da cerveja do mundo, a Oktoberfest de Munique, na Alemanha, foi cancelada por autoridades que avaliaram que o “risco era alto demais” por causa da pandemia do novo coronavírus. O evento tem um público médio de 6 milhões de pessoas e estava marcado para 19 de setembro e 4 de outubro.
A organização da maior Oktoberfest do Brasil, em Blumenau, afirmou que a venda de ingressos ainda não foi iniciada e se posicionará até o fim da primeira quinzena de maio sobre a realização ou não do evento. A organização afirmou que estão sendo avaliadas as possibilidades para realizar a festa durante o mês de outubro com segurança.
Em Blumenau, a festa emprega cerca de 3 mil pessoas, que trabalham nas lojas de souvenir, atendimento ao cliente, caixas, cervejarias, restaurantes, executam serviços de limpeza e segurança. São cerca de 60 setores da economia beneficiados pela tradicional festa da cerveja. Não é só uma festa, é oportunidade de trabalho e renda para milhares de pessoas de toda a região. Estimativa da organização aponta que o evento possibilita incremento de cerca de R$ 240 milhões na economia local.
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Já na capital paulista, a São Paulo Oktoberfest ocorre entre 17 de setembro e 4 de outubro e gera cerca de 2 mil empregos diretos e indiretos. A assessoria do evento informou que até o momento, foram vendidos 15 mil ingressos e o evento não será cancelado, pois a organização “se mantém atenta a todas as recomendações e orientações dos órgãos e autoridades de saúde e, a princípio, a data está mantida”. A organização afirmou ainda que aguarda o anúncio das novas regras de governo de São Paulo, no próximo dia 11 de maio para avaliar a necessidade de modificação da data.
A 36ª edição da Oktoberfest de Santa Cruz do Sul será realizada entre 7 e 18 de outubro, no Rio Grande do Sul. O presidente da Associação de Entidades Empresariais de Santa Cruz do Sul (Assemp), Léo Schwingel, responsável pela organização do evento em conjunto com a Prefeitura de Santa Cruz do Sul, explicou que a venda de ingressos não foi iniciada mas as datas seguem mantidas. No entanto, não está descartada a transferência de data, de acordo com a evolução da pandemia da COVID-19.
Anualmente, a segunda maior festa da cerveja do país recebe 350 mil pessoas, conta com aproximadamente 3 mil voluntários não remunerados e 2 mil empregados nas áreas de segurança, limpeza, alimentação e montagem e desmontagem das estruturas, além de centenas de músicos e seus colaboradores. A rede hoteleira, assim como bares e restaurantes são muito beneficiados com a realização anual do evento na cidade.