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    Bomba atômica: como funciona e quais são seus efeitos

    A bomba atômica é uma arma de destruição em massa que utiliza a energia do núcleo do átomo para gerar uma explosão extremamente poderosa.

    Iberê, do Manual Do Mundo, explica como funciona uma bomba atômica
    Iberê, do Manual Do Mundo, explica como funciona uma bomba atômica Reprodução/Youtube

    Manual do Mundo

    Nesse vídeo do Manual do Mundo, o maior canal de Ciência e Tecnologia da América Latina, o apresentador Iberê Thenório mostra como a bomba Little Boy, que foi jogada sobre Hiroshima, foi construída. Confira acima.

    A primeira bomba atômica foi testada em 16 de julho de 1945, no deserto do Novo México, Estados Unidos, que é a história contada no filme Oppenheimer, do diretor Christopher Nolan.

    Duas bombas atômicas foram posteriormente usadas na Segunda Guerra Mundial, contra as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, em 6 e 9 de agosto de 1945, respectivamente.

    Enriquecimento de urânio

    A Little Boy era uma bomba que se baseava na fissão nuclear, que é a quebra do núcleo de um átomo e um processo que libera uma grande quantidade de energia quando ocorre em cadeia.

    O combustível explosivo dessa bomba era feito de urânio-235, um isótopo natural desse elemento químico, mas que é bastante raro na natureza. O urânio natural é composto por 99,3% de urânio-238 e apenas 0,7% de urânio-235.

    O enriquecimento de urânio é o processo de aumentar a quantidade de urânio-235 em um material. Isso é feito separando o urânio-235 do urânio-238. Existem vários métodos de enriquecimento de urânio, mas o mais comum é a centrifugação.

    Nesse sistema, depois de serem submetidos a ação de ácidos e outros agentes químicos, os átomos de urânio assumem a forma de gás. Enquanto essa matéria gasosa gira em alta velocidade, os átomos de urânio-235, que são mais leves que os átomos de urânio-238, são separados e concentrados no centro da centrífuga. Esse processo é caro e complexo.

    Efeitos da bomba atômica

    A explosão de uma bomba atômica provoca uma série de efeitos devastadores, incluindo:

    • Calor: a explosão libera uma grande quantidade de calor, que pode destruir áreas enormes e até cidades inteiras
    • Onda de choque: é uma onda de ar que se propaga a partir do ponto da explosão, mas é tão forte que pode destruir edifícios, derrubar árvores e causar ferimentos graves às pessoas
    • Radiação: os elementos químicos produzidos pela bomba liberam uma grande quantidade de radiação ionizante, e pode causar câncer, doenças graves e até mesmo a morte.

    Isso sem contar os efeitos psicológicos negativos que afetam a população atingida por uma arma de destruição em massa.

    A história da bomba atômica

    A primeira bomba atômica foi desenvolvida durante a Segunda Guerra Mundial, nos Estados Unidos, pelo Projeto Manhattan. O projeto contou com a participação de alguns dos maiores cientistas do mundo, como Robert Oppenheimer e Enrico Fermi.

    Ela foi testada no Novo México, em 16 de julho de 1945. A bomba tinha uma potência de 20 kilotons de TNT, o equivalente a 20 mil toneladas de dinamite, e foi usada como arma pela primeira vez em 6 de agosto de 1945, contra a cidade de Hiroshima, no Japão. A segunda bomba usada em combate foi lançada em 9 de agosto de 1945, contra a cidade de Nagasaki, também no Japão. Segundo estimativas, juntas elas mataram mais de 200 mil pessoas.

    O uso da bomba atômica contra o Japão levou à rendição do país e ao fim da Segunda Guerra Mundial. No entanto, o uso dessas armas também deixou um legado de destruição e impulsionou uma corrida armamentista entre as potências militares da época, Estados Unidos e União Soviética.

    Nunca mais uma bomba atômica foi usada em guerra, mas ainda representa uma ameaça à humanidade. Ela pode causar danos devastadores às pessoas e ao meio ambiente.

    Estima-se que no mundo existam mais de 9.500 ogivas nucleares, segundo o Ban Monitor, órgão que analisa os riscos de uso de armas atômicas.