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    No BBB24, Davi fala sobre racismo: “Pessoas olham diferente”

    Brother relatou caso de racismo que presenciou em Salvador

    Fernanda Pinottida CNN , em São Paulo

    No BBB 24, enquanto conversava com Isabelle no quarto do líder, Davi Brito refletiu sobre o racismo e como pessoas pretas são vistas de maneira diferente pela sociedade.

    O baiano estava falando sobre a oportunidade de se formar em medicina quando sair do reality show e disse: “Um jovem que nem a gente, que é preto e pobre, a gente não tinha dinheiro. Andava com uma roupa meio assim e já ficavam olhando. É difícil chegar em um topo desses aqui. Por mais que falem que o público gosta de você, sabemos que existe racismo.”

    “O racismo existe. Tem pessoas, sim, que ainda hoje tem essa forma de olhar diferente para as pessoas que são pretas, que não têm muitas condições. É complicado”, acrescentou Davi.

    O baiano então narrou um caso de racismo que presenciou em Salvador, enquanto se exercitava na rua de noite.

    “Tinha um rapaz, que ele estava atrás de mim. Eu fui andando e tinha duas meninas na minha frente. Duas meninas na minha frente e o rapaz atrás de mim, e ele estava andando normal. Elas começaram a olhar pra trás, pegaram a bolsa e esconderam a bolsa. Eu olhei assim, eu estava normal, estava tranquilo, e até parei. Parei de andar muito rápido pra elas não pensarem que eu estava atrás delas, e elas começaram a acelerar o passo”, contou o motorista de aplicativo.

    “Aí na hora, o rapaz que estava vindo atrás começou a chorar. Eu olhei pra trás e vi ele chorando. Aí eu falei assim ‘Boa noite, aconteceu alguma coisa com o senhor?’, e ele falou: ‘Não, é que as meninas saíram correndo’. E eu falei assim ‘Saiu correndo? Como assim?’. Mas eu já tinha percebido a situação”, explicou.

    “E ele falou: ‘Não, é que elas pensaram que eu iria assaltar elas. Não sou assaltante, não, só estou aqui fazendo a minha caminhada. Isso é por causa da minha cor? Por causa da roupa que eu estou vestindo? Por que não tenho condições de comprar uma roupa bacana? Cortar meu cabelo, andar mais arrumado, cheiroso e com relógio de ouro no braço?’. Aí, poxa, aquilo me doeu. Às vezes só pela nossa cor a gente já é julgado. E o racismo ele existe! E aquilo me tocou muito”, contou Davi para a amiga.

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