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    ‘Batman: Death in the Family’ permite que espectadores decidam destino de Robin

    Com o atraso do filme de Batman com Robert Pattinson, o desenho pode ser a única novidade dos fãs do Homem-Morcego por um bom tempo

    Brian Lowry, da CNN

    A interatividade virou um truque muito batido, aparecendo nas séries “Black Mirror:Bandersnatch” e “Unbreakable Kimmy Schmidt”, da Netflix, entre outros programas. Ainda assim, o recurso pode ser tão bom quanto sua execução, e a Warner Bros. Animation dá conta do recado em “Batman: Death in the Family”. Com o atraso do filme de Batman com Robert Pattinson, o desenho pode ser a única novidade dos fãs do Homem-Morcego por um bom tempo.

    O truque de fazer o público escolher sua própria aventura se encaixa bem na categoria dos ousados filmes da DC lançados diretamente em Blu-ray. Com uma classificação indicativa R nos EUA, ou seja, não indicados para menores de 17 anos, esses filmes tinham como público-alvo os fãs mais velhos, não as crianças. No caso de “Batman: Death in the Family”, as escolhas interativas do espectador levam a história em direções totalmente diferentes, ao ponto em que assistir cada versão e suas várias bifurcações se parece com uma experiência distinta.

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    A animação é adaptada de uma história em quadrinhos de 1988 que envolvia sua própria proeza interativa: à época, os leitores podiam ligar para um número e votar se o companheiro Robin viveria ou morreria. Nessa história do Cavaleiro das Trevas, um Batman mais velho (dublado por Bruce Greenwood) está educando um novo Robin, Jason Todd (Vincent Martella), que tem um caráter especialmente desagradável e voltado para a vingança.

    De forma irresponsável, Robin decide ir atrás do Coringa (John DiMaggio) sozinho e é imediatamente pego, espancado e largado para enfrentar o que parece ser uma morte quase certa.

    Só que, a partir daí, o público tem três opções: Robin morre, Batman salva Robin ou Robin engana a morte. Dependendo do caminho seguido, a história se desvia para caminhos que produzem consequências indesejadas e geralmente deixam alguém pagando o preço.

    O luxo da animação é que ela permite que esses filmes se aprofundem na tradição dos quadrinhos, um ponto reforçado pelos créditos de abertura, quando a câmera passa por uma loja de quadrinhos antes de chegar ao letreiro do título propriamente título. É uma mensagem nada sutil que esses filmes carregam uma bandeira geek em seus corações.

    No entanto, é raro ver histórias interativas tão distintas, que não direcionam o público de volta aos resultados predeterminados após o leve pontapé de ditar dobras na narrativa.

    Ao contrário de muitas iniciativas interativas anteriores, vale a pena assistir a todas as alternativas de “Death in the Family” para ver suas grandes variações. Para completar o pacote, há também curtas dedicados a personagens mais obscuros da DC, incluindo Sargento Rock, Adam Strange e Vingador Fantasma.

    Batman tem a vantagem de estar tão inundado de mitologia que se presta a esse formato, com seus vários companheiros e uma galeria de vilões desonestos. Além disso, o gênero do super-herói usa muitas vezes cenários hipotéticos e de realidade alternativa, o que o torna um ajuste mais natural do que as incursões mais recentes na interatividade.

    Isso não quer dizer que interatividade de “Batman: Death in the Family” também não seja um truque batido, mas pelo menos ela é divertida e inventiva – e uma maneira muito inteligente de matar o tempo em uma noite longa e escura.

    “Batman: Death in the Family” está disponível em Blu-ray ou para download digital desde 13 de outubro nos EUA.

    (CNN, DC e Warner Bros. Fazem parte da WarnerMedia.) (Texto traduzido, clique aqui para ler o original em inglês).

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