Ary Toledo também fez sucesso com filmes e músicas; conheça obras
Comediante morreu neste sábado (12) e estava internado desde 2 de outubro devido a uma pneumonia
O comediante Ary Toledo morreu neste sábado (12), aos 87 anos. Embora muitos brasileiros lembrem dele como uma verdadeira enciclopédia de piadas, sua carreira foi além do humor, abrangendo os palcos de teatro, o cinema, a televisão e até a música.
Seu primeiro papel foi na série “O Vigilante Rodoviário”, lançada pela TV Tupi em 1962. Ele participou do episódio “Remédio Falsificado”, no qual interpretava um criminoso. A produção era estrelada por Carlos Miranda.
Carreira no cinema
Após sua participação em “O Vigilante Rodoviário”, Ary Toledo estreou no cinema com “A Hora e Vez de Augusto Matraga“, lançado em 1965 e dirigido por Roberto Santos.
O filme narra a história de Augusto Matraga, um fazendeiro violento que, após ser traído pela esposa e emboscado pelos inimigos, é dado como morto. Salvo por um casal, ele passa a buscar redenção através da religiosidade.
Porém, ao cruzar o caminho do jagunço Joãozinho Bem Bem, Matraga enfrenta um intenso conflito entre sua natureza violenta e o desejo de penitência por seus erros.
Após isso, Ary Toledo participou dos filmes “Três Histórias de Amor” (1966), de Alberto D’Aversa; “A Compadecida” (1967), de George Jonas; “O Menino Arco-Íris” (1983), de Ricardo Bandeira; e “Tentação na Cama” (1984), de Ody Fraga.
Seu último papel no cinema foi na comédia “O Homem da Cabeça de Laranja”, lançada em 2017 e na qual interpretou a si mesmo.
Ary Toledo na música
O artista iniciou sua trajetória musical em 1965 com a canção “Pau de Arara”.
Composta por Vinicius de Moraes e Carlos Lyra, a música integrava a trilha de uma peça teatral, “Pobre Menina Rica”, e retratava os desafios da dura vida de um retirante nordestino.
Toledo também era amigo de Vinicius de Moraes e Elis Regina; ambos o incentivaram a seguir carreira na comédia.
Após o sucesso de “Pau de Arara”, Ary Toledo lançou várias outras canções bem-humoradas, como “Linda Meu Bem”, “Mataram Meu Carneiro”, “A Moda do Zé”, “O Rico e o Pobre” e “Rosinha”.
Todas essas músicas traziam paródias ou críticas sociais, sempre com uma dose de humor.
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