Após câncer, Preta Gil diz que precisou se perdoar por maus hábitos alimentares
Cantora ouviu dos médicos que eles tinham pacientes que se alimentavam bem, faziam exercícios e tinham o mesmo tumor que ela
A cantora e empresária Preta Gil revelou que, durante o tratamento do câncer colorretal, precisou se perdoar pelos maus hábitos alimentares que cultivou ao longo da vida. Em entrevista ao Conversa com Bial, da TV Globo, ela explicou que se sentia culpada pelo fato de o tumor que ela tratava ter aparecido no intestino.
Ela revelou que ouviu da equipe médica que conduzia o tratamento que eles também cuidavam de pacientes que se alimentavam bem, faziam exercícios e tinham o mesmo tumor que ela.
“Os meus médicos todos me diziam: não se culpe, a gente trabalha aqui com pessoas extremamente saudáveis, pessoas que têm uma alimentação boa, fizeram exercícios a vida inteira e têm o mesmo tumor que você. Tive esse momento de [fazer as] pazes comigo mesma, mas eu ainda acredito que a gente tem que estar sempre alerta com a nossa saúde”, declarou na entrevista que foi ao ar na terça-feira (27).
Na conversa, a cantora de 50 anos lembrou que cresceu nos anos 1980, quando as lanchonetes de fast food começavam a chegar ao Brasil. Ela, que nasceu em uma casa que classificou como “natureba”, convivia com os hábitos macrobióticos de seu pai, Gilberto Gil, e se deslumbrou com a novidade.
“Eu não podia tomar refrigerante na minha casa, mas, ao lado da minha escola, abriu uma lanchonete. Eu juntava minhas moedinhas da mesada porque eu queria ir pra fila da lanchonete”, contou. “Essa lanchonete tinha uma promoção que, se você falasse muito rápido os ingredientes do sanduíche, você ganhava de graça. Eu era a mais rápida de todas, ganhava lanche todos os dias e comia escondido dos meus pais.”
O apresentador Pedro Bial, que conduziu a entrevista, trouxe para a conversa um trecho do novo livro da cantora, “Preta Gil: Os primeiros 50“, em que ela reflete sobre o empoderamento e a necessidade de manter hábitos saudáveis, ainda que seu corpo não esteja dentro dos padrões estabelecidos pela sociedade.
“Eu sempre digo que o empoderamento tem que extremamente responsável. Amar seu corpo não-padrão não pode estar associado a não cuidar de sua saúde. Se você se ama mesmo, você se cuida. Eu achava que me amava, mas descobri que não. E esse assunto é extremamente sensível para mim”, leu Bial.
“A gente pode se amar com a forma que a gente tem, mas a gente tem que entender se aquele corpo é saudável. Hoje eu sou uma mulher saudável, eu me cuido, e cuido fora dos padrões. Eu não sou uma mulher magra”, arrematou Preta.
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