“A gente não é criada para ser feliz”, diz Djamila Ribeiro sobre as imposições à mulher negra
No Á Prioli, a filósofa conta como conseguiu se desprender do confinamento das expectativas alheias
Por muito tempo, Djamila Ribeiro sentiu a necessidade de, sem descanso, ser a mulher guerreira, que carrega o mundo nas costas e precisa se posicionar o tempo inteiro.
Na conversa com Gabriela Prioli, ela contou que, aos poucos, se “desobrigou” dessas funções e aprendeu que é humana. “As pessoas questionavam coisas como ‘Por que você não vai falar sobre aquele assunto?’. Agora, assumo tranquilamente que pode ser, por exemplo, porque simplesmente quero ver séries com a minha filha”.
A escritora demorou muito para entender que não precisava fazer mil coisas ao mesmo tempo. “Parece que você tem que sempre estar triste, não pode celebrar”, observa. “Quando a gente consegue, em meio a tantas opressões, a tantas imposições, ser feliz, é muito revolucionário. Porque as pessoas não esperam e a gente acha que não merece esse lugar”.
Confira o episódio completo:
