Tabata diz que prefere apoio de ala do PSDB que não faz “discussão por dinheiro ou cargo”
Pré-candidata afirma dialogar com setor mais ideológico da sigla; ala que inclui vereadores apoia o prefeito Ricardo Nunes
A deputada federal e pré-candidata à prefeitura de São Paulo Tabata Amaral (PSB) afirmou que gostaria de contar com o apoio da ala ideológica do PSDB nas eleições municipais, mesmo que o partido seja esvaziado por conta de integrantes que estão alinhados com a campanha do prefeito Ricardo Nunes (MDB).
“O PSDB, independente de quem está ou não com o prefeito, independente das motivações por cargos, o PSDB é um partido que tem que ser respeitado, que tem quadro e tem história e que me honraria muito se estivesse ao meu lado”, disse ela.
“Obviamente eu dialogo mais com a ala do PSDB que é ideológica, que pensa a cidade, que não está fazendo discussão de dinheiro ou de cargo. Se eu puder ter esta ala do PSDB que é histórica e mais importante, só vai aumentar minha responsabilidade nesta pré-campanha”, acrescentou.
A fala ocorreu após a participação da deputada em um evento ao lado do ministro da Educação, Camilo Santana, em São Paulo, na quarta-feira (3).
Nesta quinta (4), Tabata participa do evento de filiação de José Luiz Datena ao PSDB — o jornalista é apontado como possível vice na chapa.
Tabata também ressaltou que alguns dos interesses dela estão na agenda política dos tucanos que governaram São Paulo durante muito tempo.
“Eu tenho muito respeito pela história e pelas contribuições do PSDB. Se a gente olhar para quem está construindo o meu plano de governo, muitos quadros vêm do PSDB. Eu brinco que, mesmo se eu não quisesse, esta conversa estaria acontecendo, porque é um partido que concentrou gente que queria pensar a educação, infraestrutura e a saúde em São Paulo.”
Após o diretório paulistano do PSDB decidir não apoiar a candidatura de Ricardo Nunes, o partido vem sofrendo um esvaziamento.
Recentemente, o então líder da bancada tucana na Câmara dos Vereadores de São Paulo, Gilson Barreto, comunicou a desfiliação da sigla. Ele ressaltou que está à procura de um partido onde possa continuar apoiando Nunes.
Segundo a legislação eleitoral, os políticos têm até a sexta-feira, 5 de abril, para utilizar a janela partidária e mudar de sigla sem a perda dos respectivos mandatos.