Quem são os ex-membros da Rota nas pré-campanhas de Nunes e Boulos em SP
Ricardo de Mello Araújo será vice do atual prefeito e candidato à reeleição; Alexandre Gasparian está colaborando para o plano de governo do candidato do PSOL
As pré-campanhas dos dois primeiros colocados nas pesquisas para a Prefeitura de São Paulo possuem algo em comum: um ex-membro das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota).
A Rota é a tropa de elite da Polícia Militar paulista. Criada em 1970, o grupamento atuava no combate de roubo a bancos durante a ditadura militar. Hoje, possui quatro companhias e atua contra o crime organizado no estado.
Comandante das rondas entre 2017 e 2019, o coronel Ricardo de Mello Araújo foi escolhido como pré-candidato a vice do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que tentará a reeleição nesta eleição.
Sua indicação foi realizada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e endossada pelo governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos). A confirmação aconteceu no fim de junho.
Na ocasião, Nunes disse ter ficado “encantado” com o trabalho do coronel.
Além de sua atuação na PM, Mello Araújo foi presidente da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), entre 2020 e 2023, durante a gestão de Bolsonaro no governo federal.
Ele deixou a companhia em janeiro de 2023, cinco dias após a posse do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Também é bacharel em Direito e em Educação Física, além de pós-graduado em Fisiologia do Exercício pela Universidade de São Paulo (USP).
Alexandre Gasparian
A campanha de Guilherme Boulos, pré-candidato do PSOL ao Executivo paulistano, conta com outro coronel: Alexandre Gasparian.
O ex-PM foi escolhido para elaborar as questões relativas à segurança pública no plano de governo de Boulos.
Segundo a campanha do PSOL, o militar é “defensor da vida e dos direitos humanos”. Ainda diz que Gasparian dará uma contribuição fundamental, já que “São Paulo precisa ter políticas públicas sérias e sem demagogia”.
Gasparian esteve à frente da Rota por sete meses em 2015, durante o governo de Geraldo Alckmin (PSB), que na época era filiado ao PSDB.
*Com informações da Agência Brasil
