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    Partido de Boulos pede investigação contra Ricardo Nunes por abuso de poder e propaganda antecipada

    PSOL argumenta que o atual prefeito espalhou cartazes na periferia de São Paulo para atrair eleitores

    Nunes é alvo de pedido feito pelo PSOL ao MP paulista
    Nunes é alvo de pedido feito pelo PSOL ao MP paulista RONALDO SILVA/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

    Maria Clara Matosda CNN*

    São Paulo

    O PSOL entrou, nesta quarta-feira (21), com um pedido no Ministério Público (MP) para que o órgão investigue o atual prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB-SP), por propaganda eleitoral antecipada e suposto abuso de poder político e econômico.

    O partido tem em seus quadros o deputado federal Guilherme Boulos, pré-candidato a prefeito paulistano e adversário de Nunes na disputa de outubro. Como mostra o Índice CNN, Boulos lidera hoje a corrida eleitoral com 32% de intenção de votos, seguido por Nunes, com 28%.

    Segundo o PSOL, a gestão do atual chefe do Executivo paulistano supostamente investiu em publicidade durante seu mandato para promover a imagem de Nunes e “beneficiá-lo no pleito” eleitoral deste ano.

    A Justiça impõe que a propaganda eleitoral só pode ser feita a partir de 16 de agosto, cerca de três meses antes das eleições.

    O pedido aponta que o governo gastou R$ 385,2 milhões com publicidade nos dois primeiros anos do mandato do prefeito, dos quais R$ 223,7 milhões teriam sido usados apenas em 2022.

    “As circunstâncias fáticas trazem relevantíssimos indícios de ilícitos eleitorais, como a propaganda antecipada e, até mesmo, a prática de abuso político e econômico para a prática de ações que visam beneficiar a imagem do noticiado e possuem um grande potencial de influência e desequilíbrio do pleito, merecendo, portanto, apuração por parte desta douta promotoria eleitoral”, diz o documento.

    Os gastos, segundo o pedido enviado ao MP, seriam voltados não só para a publicidade oficial da prefeitura como também para matérias pagas em “jornais de bairro” que publicaram notícias favoráveis a Nunes.

    Além disso, o PSOL também argumenta que faixas agradecendo a gestão do prefeito – quase sempre vinculadas à obras – foram colocadas em lugares espalhados da cidade de São Paulo.

    A sigla ainda diz que os lugares escolhidos para exibir as faixas seriam na periferia de capital, locais onde Nunes teria baixa popularidade, com a intenção de atrair eleitores.

    Resposta da prefeitura

    Em nota, a prefeitura de São Paulo disse que “a alegada representação do partido do pré-candidato nas próximas eleições confunde números e programas de comunicação que não têm qualquer relação com a Prefeitura da Cidade de São Paulo, e servem a estratégias eleitorais”. “Faixas, cartazes e outras peças relatadas não foram realizadas pela Prefeitura que desenvolve campanhas de comunicação de utilidade pública, elaboradas por agências especializadas regularmente licitadas”.

    *Sob supervisão de Nathan Lopes