O problema foi convencer quem votava 13 a votar em outro número, diz Lula sobre as eleições em São Paulo
Cerca de 50 mil pessoas votaram 13 nas eleições municipais de São Paulo, segundo o TRE-SP
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), avaliou, nesta sexta-feira (11), que na disputa pela Prefeitura de São Paulo, o problema foi convencer o eleitor a não votar no 13.
“Nós tivemos um problema no primeiro turno que é muito difícil você convencer um petista que estava habituado a votar 13 desde a década de 1980, a votar 50”, disse Lula em entrevista à Rádio O Povo CBN.
Segundo os dados do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), 48.131 mil eleitores votaram 13, número do Partido Trabalhista.
Ainda de acordo com o TSE, 18.899 mil votaram 22, número do Partido Liberal, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). E 756 votaram 17, número utilizado, nas eleições de 2018, por Bolsonaro, quando ele era filiado ao antigo PSL, hoje fundido com o Democratas, que juntos formaram o União Brasil.
Quem votou assim (13, 22 ou 17), acabou anulando o voto.
Segundo turno
Guilherme Boulos (PSOL) vai disputar o segundo turno com o atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB).
O candidato do MDB obteve 29,48% dos votos válidos (1.801.139), e o do PSOL, 29,48% (1.776.127).
De acordo com a última pesquisa Datafolha, divulgada ontem (10), Ricardo Nunes (MDB) tem 55% das intenções de voto no segundo turno; Guilherme Boulos (PSOL), 33%.
Lula avalia que Boulos precisa conquistar mais votos para conseguir vencer o segundo pleito.
“O voto não tem dono, o voto nós temos que captar, temos que conquistá-lo. Toda vez que eu abria a boca pra falar, tenho que ter noção que eu tenho que conquistar alguém. O Boulos tem duas semanas, vários programas de televisão, vários debates pra ele convencer as pessoas. E eu, se puder ajudar, vou ajudá-lo a ganhar essa eleição”, disse o presidente.
Lula declarou ainda que teve uma participação mais “acanhada” nestas eleições, por ter uma base no Congresso Nacional “muito ampla”.
“Eu sou o presidente da República, eu tenho uma base no Congresso Nacional muito ampla com vários partidos na minha base nacional que estão disputando eleições. Então eu falei: bom, não vou comprar uma briga numa cidade e depois, quando chegar no Congresso Nacional, ver o pessoal virando adversário”, disse o chefe do Executivo.
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