Mais de um milhão de eleitores acima de 70 anos estão aptos a votar no RS
De acordo com o TSE, número de eleitores nessa faixa etária aumentou cerca de 19,6% em relação com as eleições de 2020


Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mais de 1,1 milhão de eleitores com mais de 70 anos estão aptos a votar no Rio Grande do Sul. O número aumentou cerca de 19,6%, se comparado com o pleito de 2020, quando eram pouco mais de 939 mil eleitores nessa faixa etária.
Entre os gaúchos de 70 a 79 anos, são 760 mil eleitores registrados. Já entre os que têm mais de 80 anos, o número chega a 280 mil, de acordo com o TSE.
Para aqueles na faixa etária dos 90 aos 99 anos, quase 69 mil eleitores seguem aptos a votar. Além disso, o estado ainda conta com cerca de 14 mil eleitores centenários.
São pessoas sem a obrigatoriedade de comparecer às urnas, mas que podem continuar exercendo seu direito ao voto.
É o caso da Norma Maria Varani, de 80 anos, moradora do bairro Santana, em Porto Alegre, que não deixa de exercer seu direito ao voto, mesmo sem a obrigatoriedade. Ela vê o ato de escolher os governantes como uma forma de exercer sua cidadania. “Sou uma cidadã e quero exercer a minha cidadania. É por isso que eu vou votar no domingo”, afirma Norma.

Porto Alegre lidera o ranking de cidades gaúchas com o maior número de eleitores idosos, totalizando 170 mil votantes acima dos 70 anos. Outras cidades, como Caxias do Sul, Pelotas, Santa Maria e Canoas, também apresentam números expressivos, com mais de 20 mil eleitores dessa faixa etária em cada município.
Eleitores jovens
Ainda de acordo com dados divulgados pelo TSE, 51.577 jovens entre 16 e 17 anos estão aptos a votar nas eleições municipais de 2024 no estado. O número representa cerca de 0,59% do total de eleitores cadastrados no RS. Vale lembrar que, para essa faixa etária, o voto também é facultativo.
A estudante Valentina Pereira, de 16 anos, faz parte desse grupo. Neste domingo (6), ela vai ter o primeiro contato com a urna eletrônica. Moradora de Taquari, no interior gaúcho, ela considera o voto uma forma de mudar as coisas ao seu redor. “Acredito que eu, como jovem, querendo mudanças no meu município, tenho a possibilidade de eleger gente mais nova e que entende das demandas atuais”, afirma.
Segundo o cientista político Augusto Neftali, professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), essa faixa etária é fundamental para o engajamento político, mas não deve impactar no resultado das eleições.
“A relevância da inserção do jovem nessa idade é a socialização na política. Os candidatos e partidos que buscam esse eleitor realizam um investimento, que pode impactar no desenvolvimento das forças políticas no futuro. Mas para o resultado da eleição é difícil”, explica.
Apuração
A CNN acompanha, em tempo real, a apuração dos votos em todas as cidades do Brasil neste domingo (6).
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