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    Índice CNN: A abstenção nas eleições municipais

    Abstenção tem relação direta com o “desinteresse pela eleição” e também com a “dificuldade de participação” por parte da população no processo eleitoral, segundo Lavareda

    Urnas eletrônicas sendo testadas. Imagem de arquivo
    Urnas eletrônicas sendo testadas. Imagem de arquivo Divulgação TSE

    Iuri Pittada CNNManoela Carluccida CNN*

    São Paulo

    O Índice CNN desta semana analisou o nível de abstenção ao longo de eleições no Brasil. Conforme observado, nas últimas eleições presidenciais desde 2010, a que marcou o maior patamar de abstenções foi a de 2022, com 20,9%.

    O levantamento foi realizado pela Ipespe Analítica e analisado durante a edição desta quarta-feira (15) do Brasil Meio-Dia (segunda a sexta, 12h).

    O cientista político e sociólogo Antonio Lavareda avalia que os números de abstenção são importantes “porque marcam a maior ou menor participação dos cidadãos no processo político do país” e que “o papel da obrigatoriedade do voto é muito relevante” nesse sentido.

    Com relação aos números em eleições municipais:

    • 2008 – 25% de abstenções; 7,6% nulos ou brancos
    • 2012 – 16,10% de abstenções; 9,2% nulos ou brancos
    • 2016 – 17,50% de abstenções; 11,20% nulos ou brancos
    • 2020 – 25,50% de abstenções; 8,90% nulos ou brancos
    • 2024* (estimativa) – 18,50% de abstenções; 9,07% nulos ou brancos

    Lavareda relembra que em 2020 tivemos um número “excepcional” que se justifica, talvez, por conta da pandemia de coronavírus.

    Veja as capitais que tiveram maior volume de votos brancos e nulos em 2020:

    • Rio de Janeiro: 14,01%
    • Recife: 11,91%
    • Aracaju: 11,83%
    • Salvador: 10,69%
    • São Paulo: 10,61%

    Lavareda diz acreditar que a abstenção tem relação direta com o “desinteresse pela eleição” e também com a “dificuldade de participação” por parte da população no processo eleitoral.

    “Abstenção se dá nas maiores camadas de menor renda e menor escolaridade e há um interesse menor pela complexidade do processo eleitoral pelas dificuldades de acompanhamento para esse segmento da sociedade do processo político”.

    Na opinião dele, é importante que o país reflita sobre essas questões e que o Tribunal Superior Eleitoral estimule cada vez mais que as pessoas consigam votar. “Abstenção deve ser vista como um problema de todos nós, um problema da sociedade”, afirma.

    *Sob supervisão de Nathan Lopes