Futura presidente do TSE diz que processo eleitoral do Brasil é modelo de “transparência, segurança e eficácia”
Cármen Lúcia esteve em evento promovido pela OAB-SP
Atual vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a ministra Cármen Lúcia disse que o processo eleitoral brasileiro é reconhecido como um modelo de transparência, segurança e eficácia.
Cármen Lúcia será eleita presidente do TSE no próximo dia 7 de maio e estará à frente da Corte Eleitoral durante as eleições municipais, em outubro.
A fala da ministra foi feita, nesta segunda-feira (29), durante um evento promovido da seção paulista da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo (OAB-SP), sobre os 40 anos das “Diretas Já”.
Durante a fala, a magistrada destacou que, nas eleições municipais de 2012, quando esteve à frente do TSE, comandou um processo eleitoral com 513 mil candidatos.
“Em 2012, quando eu presidi (o TSE), foram 513 mil candidatos, 148 milhões de pessoas foram às urnas. E, naquele ano, com três horários diferentes. Duas horas e dezessete minutos depois de fechadas as urnas, eu chamei rádio e televisão para dizer que a eleição havia acabado”, destacou a ministra.
“Diretas Já” e invasão de 8 de janeiro
O seminário promovido pela OAB-SP contou com a presença de pensadores, artistas, políticos e juristas para uma reflexão sobre o maior movimento popular da história do Brasil.
O evento celebrou os 40 anos do movimento, que em abril de 1984, reivindicou o direito fundamental do voto direto para presidente da República.
Apesar da emenda pelo voto direto ter sido derrubada no Congresso, as “Diretas Já” colocaram o povo de volta ao poder e demarcaram o fim da ditadura militar.
A ministra também falou sobre a importância da democracia, qualificada por ela como “o primeiro direito fundamental” e relembrou a necessidade do sentimento de união no contexto das “Diretas Já”.
“Não se faz democracia com raiva. Se constrói humanidade com afeto, com o que nos aproxima, que foi o que o movimento das Diretas nos trouxe”, disse Cármen.