“Desespero bateu”, “ursinho carinhoso”: frases do debate entre Nunes e Boulos na Record
Candidatos a prefeito de São Paulo se enfrentaram mais uma vez durante a campanha do segundo turno
O segundo debate entre Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) foi novamente marcado por provocações entre os dois candidatos. Além da repetição de comentários feitos no debate anterior, ambos apresentaram novos ataques um contra o outro.
Frases como “tem focinho de rato, rabo de rato, cara de rato” e “craque em inventar mentiras”, além de menção ao grupo Racionais MC’s estiveram entre as frases que marcaram o evento promovido neste sábado (19) pela TV Record em parceria com o jornal O Estado de S. Paulo.
Confira frases do debate:
“Desespero bateu lá mesmo”
“O desespero bateu lá mesmo. Você estava tentando dar uma de equilibrado, de bonzinho, mas não cola. É o teu jeito. É a tua forma. Você é isso”.
— Nunes, após Boulos citar antigo episódio em que Nunes teria dado um tiro para o alto em frente a uma boate; prefeito nega
“Não é ursinho carinhoso. É rato”
“Quando tem focinho de rato, rabo de rato, cara de rato. Não é ursinho carinhoso. É rato”.
— Boulos, ao questionar Nunes sobre por que o candidato não abre seu sigilo bancário
“Papai teve que pagar a conta”
“Inclusive, 22 de setembro de 2017. Guilherme Boulos está dirigindo, bate o carro. Aí chega para o cara, fala ‘Ó, bati o carro. Toma meu celular que eu vou pagar’. O cara ficou ligando, ligando, ligando, e ele não atendia. Sabe quem pagou a conta? O papai. Ele com 35 anos, um marmanjo, marmanjo com 35 anos, não atendia o telefone. Deu o calote no cara que ele bateu o carro. Papai teve que pagar a conta. Não dá para ser prefeito. Não dá”.
— Nunes, ao levantar acusação – sem provas apresentadas – contra Boulos, que nega
“Pode rir, mas não desacredita, não”
“Por isso, digo para você, Ricardo [Nunes], citando aqui os Racionais [MC’s]: você pode rir, mas não desacredita, não, porque a virada vai vir essa semana”.
— Boulos, após Nunes apontar que o PSOL não se reelegeu em nenhuma das cinco prefeituras que disputou no primeiro turno
“Craque em inventar mentiras”
“Vocês sabem quantas vezes o Guilherme Boulos foi condenado? 17 vezes, só agora no segundo turno. A Justiça condenou ele 17 vezes. Por colocar mentiras, por criar fake news. […] Ele virou um craque em inventar mentiras”.
— Nunes, durante direito de resposta concedido após a frase de Boulos sobre o casal Nardoni
“Parece o casal Nardoni”
“O Ricardo Nunes falando de corrupção parece o casal Nardoni falando em cuidar dos filhos. É o mesmo nível”
— Boulos, após Nunes afirmar que fez a concessão do serviço funerário municipal à iniciativa privada porque haveria lá um “antro de corrupção”; o casal Nardoni foi condenado pela morte da menina Isabella, de cinco anos, em 2008
“Aqui na campanha, ele aparece um ator”
“Essa questão de saidinha é algo terrível. A pergunta foi sobre a saidinha, ele [Boulos] é contra a saidinha. Aí vem aqui criar um monte de história. Saidinha é para bandido. Bandido que está preso tem que ficar preso. Bandido tem que ficar preso para dar sossego para o trabalhador. A gente precisa ter essa tranquilidade de saber que aqui na campanha ele aparece um ator, mas, na vida real, o que sempre fez e o que faz lá na Câmara é exatamente isso: contra a polícia, a favor da bandidagem e todas as ações e discursos sempre foram nesse sentido”.
— Nunes, após Boulos declarar que é contra a saidinha para autores de crimes violentos
“Seu marqueteiro te treinou para mentir”
“Ricardo, que coisa incrível. Seu marqueteiro te treinou para mentir assim desesperadamente. Saiu soltando um monte de número e não respondeu.”
— Boulos, após Nunes apresentar dados sobre sua gestão na área de saúde