Esquerda com certeza vai precisar rever a sua forma de comunicação, diz governador da Paraíba à CNN
João Azevêdo destaca crescimento do PSB e aponta necessidade de mudanças na esquerda após avanço de legendas conservadoras na eleição municipal
O governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), em entrevista ao CNN 360° desta quarta-feira (30), fez uma análise abrangente sobre os resultados das eleições municipais, especialmente no contexto do Nordeste brasileiro.
Azevêdo destacou o desempenho significativo do seu partido, o PSB, que elegeu 69 prefeitos e 47 vice-prefeitos na Paraíba.
Apesar do sucesso local, o governador reconheceu uma tendência nacional de crescimento de setores mais conservadores.
Ele enfatizou a necessidade de uma releitura da mensagem das urnas, especialmente para os partidos de esquerda.
Necessidade de renovação no discurso da esquerda
Azevêdo apontou que “a esquerda com certeza vai precisar rever a sua forma de comunicação”.
Ele argumentou que o discurso utilizado há 20 anos pode não ser mais tão eficaz na conjuntura atual, mesmo com os avanços econômicos e sociais do governo Lula.
O governador ressaltou a importância de uma gestão que se volte para políticas de inclusão e proteção social, mas que também atenda às demandas reais da população.
“É necessário ter a capacidade de ouvir a população, ter a capacidade de dialogar permanentemente”, afirmou.
Aliança PT-PSB e perspectivas futuras
Quanto ao cenário político futuro, Azevêdo defendeu a manutenção da aliança entre PT e PSB, destacando a importância da vice-presidência de Geraldo Alckmin.
O governador expressou o desejo de que o PSB continue com um nome forte na chapa para as eleições de 2026, seja para a reeleição de Lula ou para apoiar um sucessor indicado por ele.
Azevêdo também comentou a possível candidatura do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) à presidência da Câmara dos Deputados.
Ele manifestou seu apoio, destacando a capacidade de diálogo e agregação do jovem deputado, vendo sua potencial eleição como benéfica não apenas para a Paraíba, mas para a governabilidade do presidente Lula.