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    Nunes diz que não paga “empresa do PCC”; Boulos cobrou explicações do prefeito

    Ministério Público de SP investiga duas companhias de transportes que teriam ligação com o crime organizado

    Operação teve como alvo empresas apontadas como supostas intermediárias para lavagem de dinheiro do PCC
    Operação teve como alvo empresas apontadas como supostas intermediárias para lavagem de dinheiro do PCC CNN/X @GuilhermeBoulos

    Muriel Porfiroda CNNManoela Carluccida CNN*

    São Paulo

    O prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), rebateu, nesta quarta-feira (10), sem citar nomes, o seu opositor e pré-candidato à eleição municipal Guilherme Boulos (PSOL), ao falar sobre a operação do Ministério Público que teve como alvo duas empresas de ônibus que operam linhas municipais.

    Nas redes sociais, Guilherme Boulos (PSOL), fez publicação cobrando explicações por parte do prefeito da capital: “Essas empresas receberam da prefeitura na gestão Ricardo Nunes R$ 800 milhões e uma ainda pegou a concessão do transporte aquático na Billings sem licitação. O prefeito deve explicações ao povo de São Paulo. Esse absurdo não pode ficar sem investigação”.

     

    A “Operação Fim da Linha” teve como alvo duas empresas, a Upbus e TW, apontadas como supostas intermediárias para lavagem de dinheiro do crime organizado. Ambas são remuneradas pela Prefeitura de São Paulo e, segundo a investigação, teriam recebido um valor superior a R$ 800 milhões dos cofres públicos durante 2023.

    Investigações iniciais do Ministério Público de São Paulo apontam que essas empresas mantêm ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

    Durante evento nesta quarta, Nunes se defendeu das acusações sem citar o nome de Boulos especificamente.

    “Estamos em um ano eleitoral e um dos candidatos, de forma totalmente irresponsável, uma pessoa despreparada, injusta, desrespeitosa, colocando vídeo na rede falando que eu estou pagando dinheiro para empresa do PCC. [Eu] não pago”, disse.

    Segundo o prefeito, o valor pago às empresas de ônibus é referente à prestação de serviço. As linhas das empresas investigadas pela relação com facções criminosas transportam diariamente 700 mil passageiros.

    “O que a gente faz é cumprimento de contrato. Se existe alguma ligação de algum sócio ou participante de empresa com o crime, é o Ministério Público e a Polícia Civil que têm a capacidade de investigar, que vão levar isso ao Judiciário”, explicou Nunes.

    Ele ainda declarou que “não há ninguém mais interessado em saber se as atividades dos nossos concessionários são lícitas ou ilícitas”.

    Nunes ressaltou que assim que houver a conclusão das investigações e se existir uma confirmação do envolvimento das empresas com as organizações criminosas, o cancelamento do contrato com a prefeitura será automático.

    VÍDEO: Possibilidade de retaliação do PCC entra no radar da PM de São Paulo

    * Supervisão de Marcos Rosendo