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    Eleição presidencial de 2026 terá Nunes Marques no comando do TSE

    Nesta segunda (3), ministro toma posse como vice-presidente da Corte, que irá comandar daqui a dois anos

    Nunes Marques será o presidente do TSE durante a eleição presidencial de 2026
    Nunes Marques será o presidente do TSE durante a eleição presidencial de 2026 25/05/2023 - Alejandro Zambrana/Secom/TSE

    Da CNN

    Brasília

    O ministro Nunes Marques assume, nesta segunda-feira (3), a vice-presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

    Ele será o sucessor, na liderança da Corte, da ministra Cármen Lúcia, que será empossada como presidente em cerimônia nesta noite — o mandato dela irá até agosto de 2026.

    Faltando menos de dois meses para a próxima eleição presidencial, Nunes Marques assumirá o TSE.

    As trocas fazem parte do rodízio regular da presidência do TSE – sempre ocupada por um ministro oriundo do Supremo Tribunal Federal (STF).

    Foi assim, por exemplo, em 2022, quando Alexandre de Moraes assumiu a Corte faltando pouco mais de 40 dias para a eleição. O ministro encerra sua participação no TSE nesta segunda (3), quando passa o comando para Cármen.

    Cada integrante do TSE tem um mandato de dois anos, renovável por igual período.

    Ao assumir a Corte eleitoral, em 2026, Nunes Marques terá como seu vice André Mendonça, atualmente ministro substituto. Ele passará à composição efetiva a partir da saída de Moraes.

    Assim, a próxima eleição geral, que definirá o presidente da República, será comandada por uma dupla de magistrados que foi indicada ao Supremo pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    Nunes e Mendonça foram as únicas indicações de Bolsonaro ao STF.

    Cármen Lúcia chegou ao STF por indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante seu primeiro mandato, em 2006. Já Moraes foi indicado por Michel Temer (MDB), em 2017.

    Posicionamentos

    Os dois indicados por Bolsonaro ao STF têm posições mais conservadoras em julgamentos sensíveis na Corte.

    Ambos votaram, por exemplo, para manter como crime o porte de maconha para uso pessoal (juntos com Cristiano Zanin, indicado ao STF por Lula) e pela validade da tese do marco temporal de terras indígenas.

    No TSE sob Moraes, Nunes costuma se alinhar a uma ala que defende uma menor intervenção da Justiça Eleitoral nas questões que são levadas ao tribunal, prestigiando o resultado obtidos pelos candidatos nas urnas.

    O magistrado foi, por exemplo, voto vencido nas duas condenações de Bolsonaro que resultaram na sua inelegibilidade. Ao lado dele, ficou só o ministro Raul Araujo, proveniente do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

    Nunes Marques foi relator da proposta aprovada em fevereiro pelo TSE que determina a distribuição proporcional do dinheiro do Fundo Partidário e do Fundo Eleitoral ao total de candidatos indígenas que os partidos apresentarem nas eleições.

    Para Nunes, ações que buscam garantir igualdade das populações originárias “devem ocupar agendas de todos os poderes constituídos, uma vez que necessárias para corrigir dívida histórica”.

    O ministro disse que há um “inegável vácuo legislativo”, por não haver lei que preveja apoio concreto ao ingresso dos povos originários na política. Ele citou, por exemplo, o “efeito multiplicador” de ações de inclusão e a importância do combate ao racismo estrutural.

    Ao ter seu nome confirmado para a composição titular do TSE, em votação simbólica no STF, André Mendonça fez elogios à condução de Moraes na Justiça Eleitoral, mesmo em meio a “turbulências” e “questionamentos”.

    A gestão de Moraes se notabilizou por enfrentar a desinformação nas redes sociais e questionamentos às urnas eletrônicas por Bolsonaro e seus apoiadores.

    “Registro a gestão exitosa de Vossa Excelência à frente do TSE, conduzindo o tribunal em tempos em que por vezes algumas turbulências, vamos dizer assim, alguns questionamentos, e Vossa Excelência, com muita firmeza e competência, esteve à frente do TSE”, afirmou Mendonça.