Eleição para Prefeitura de SP terá o menor número de candidatos no horário eleitoral desde a redemocratização
Programas no rádio e na televisão começam a ser exibidos a partir de sexta-feira (30)
Dos dez candidatos que irão disputar a Prefeitura de São Paulo, quatro terão espaço no horário eleitoral no rádio e na televisão a partir de sexta-feira (30).
As candidaturas com espaço nos veículos de comunicação de concessão pública são:
- Ricardo Nunes (MDB): 6 minutos e 30 segundos
- José Luiz Datena (PSDB): 35 segundos
- Tabata Amaral (PSB): 30 segundos
- Guilherme Boulos (PSOL): 2 minutos e 22 segundos
Os programas de cada candidato serão exibidos nessa ordem no primeiro dia e vão se revezando até 3 de outubro, quando acaba o espaço da propaganda eleitoral no rádio e na televisão — o primeiro turno será realizado em 6 de outubro.
Desde a redemocratização, essa será a menor quantidade de candidaturas com exposição na propaganda eleitoral.
- Em 1985, foram 13 candidaturas no horário eleitoral.
- Em 1988, eram 14 candidatos com exibição no horário eleitoral.
- Em 1992, foram 9 candidaturas participando do horário eleitoral.
- Em 1996, eram 12 candidatos no horário eleitoral.
- Em 2000, foram 16 candidaturas participando do horário eleitoral.
- Em 2004, eram 14 candidatos dividindo o horário eleitoral.
- Em 2008, 11 candidatos apareceram no horário eleitoral.
- Em 2012, 12 candidaturas participaram do espaço na propaganda eleitoral.
- Em 2016, 11 candidatos tiveram exposição na propaganda eleitoral.
- Em 2020, das 13 candidaturas, nove estiveram no horário eleitoral.
Cláusula
A eleição passada, foi a primeira em que a cláusula de barreira já deixou candidatos sem espaço no horário eleitoral.
Os efeitos, porém, foram maiores na eleição deste ano, deixando 60% dos candidatos a prefeito fora da TV e do rádio.
“Isso se deve ao fato de que, entre os dez candidatos à prefeitura da capital paulista, apenas quatro são de partidos que cumpriram a cláusula de barreira em 2022”, explica a cientista política Deysi Cioccari. “Esses partidos, por terem superado o desempenho mínimo exigido, garantiram o direito a tempo de TV, enquanto os outros partidos, que não atingiram esse patamar, ficaram sem essa prerrogativa”.
Para o cientista político Guilherme Carvalhido, com a cláusula de barreira, “os partidos chamados nanicos irão, gradativamente, ser extintos”. “Ou obrigados a criarem confederações com os partidos que sobreviverem, montando grupos partidários com espectros ideológicos parecidos, facilitando a escolha dos eleitores”.
Com a cláusula, ficam de fora do horário eleitoral (lista em ordem alfabética):
- Altino Prazeres (PSTU)
- Bebetto Haddad (DC)
- João Pimenta (PCO)
- Marina Helena (Novo)
- Pablo Marçal (PRTB)
- Ricardo Senese (UP)
Como será o horário eleitoral na capital paulista?
O horário eleitoral será dividido em dois blocos de programas diários, de dez minutos cada, de segunda a sábado.
Outros 70 minutos serão reservados para inserções de 30 e 60 segundos, veiculadas diariamente, ao longo da programação de rádio e televisão, das 5h até 0h.
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