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    Deltan Dallagnol desiste de concorrer à prefeitura de Curitiba nas eleições

    Ex-procurador da República e ex-deputado federal afirmou nesta sexta-feira (3) que vai se dedicar à formação de candidatos pelo país

    O ex-procurador da República e ex-deputado federal Deltan Dallgnol (Novo)
    O ex-procurador da República e ex-deputado federal Deltan Dallgnol (Novo) Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

    Lucas Schroederda CNN

    São Paulo

    Deltan Dallagnol, ex-procurador da República e ex-deputado federal, desistiu de concorrer à prefeitura de Curitiba pelo Novo, partido ao qual está filiado desde o ano passado. O anúncio foi feito por meio de um vídeo divulgado nas redes sociais nesta sexta-feira (3).

    “Essa decisão foi tomada depois de muita oração e de muita reflexão. Isso porque eu recebo com uma imensa honra o apoio dos curitibanos, que me colocaram à frente nas pesquisas”, disse Deltan.

    “No entanto, depois de muito orar e de muito refletir, eu sinto que a minha missão nesse momento vai além de Curitiba e que eu posso contribuir de forma mais ampla para a renovação política, ajudando a formar e eleger bons candidatos Brasil afora”, acrescentou.

    “Por isso, eu decidi abrir mão de concorrer hoje nessa cidade que eu tanto amo e me dedicar a fortalecer e apoiar líderes espalhados por todo o país que querem reerguer a nossa nação”, complementou o Deltan.

    Mandato cassado

    Um dos coordenadores da Operação Lava Jato, Dallagnol foi o deputado mais votado do Paraná nas eleições de 2022, com 344.917 votos.

    Entretanto, em maio de 2023, o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, por sete votos a zero, invalidar o registro de candidatura de Dallagnol, o que levou à perda de seu cargo na Câmara dos Deputados.

    Os ministros da Justiça Eleitoral julgaram um recurso apresentado pela federação Brasil da Esperança (PT/PCdoB/PV) e pelo Partido da Mobilização Nacional (PMN) que chegou à corte no final de janeiro.

    Os partidos contestaram a condição de elegibilidade de Dallagnol. Argumentaram, por exemplo, que ele estaria barrado pela Lei da Ficha Limpa ao ter deixado a carreira de procurador, tendo pendentes procedimentos administrativos no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

    Na ocasião, o ministro relator dos recursos, Benedito Gonçalves, indicou que o pedido de exoneração feito pelo ex-procurador para deixar o Ministério Público Federal (MPF) “teve o propósito claro e específico de burlar a incidência da inelegibilidade”.

    (Com informações de Lucas Mendes, da CNN, em Brasília)