Cerca de 80 observadores internacionais vão acompanhar eleições municipais
Representantes diplomáticos internacionais visitam o TSE e participarão de atividades sobre o processo eleitoral até o dia da votação
Embaixadores e representantes diplomáticos internacionais iniciaram nesta sexta-feira (4) uma série de atividades no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para acompanhar de perto o sistema eleitoral brasileiro. O grupo, composto por 80 observadores internacionais, permanecerá no país até o domingo (6), dia do pleito, para testemunhar diversas etapas do processo de votação.
A iniciativa visa promover a transparência e o intercâmbio de informações sobre o sistema eleitoral brasileiro, reconhecido internacionalmente por sua eficiência e segurança. Os observadores terão a oportunidade de conhecer em detalhes o funcionamento das urnas eletrônicas e as medidas de combate à desinformação implementadas pela Justiça Eleitoral.
Segurança e confiabilidade do sistema
Durante o evento, a presidente do TSE, ministra Carmen Lúcia, ressaltou a importância da transparência no processo eleitoral. “É preciso que nós tenhamos transparência, é importante que esse processo seja respeitado”, afirmou. A ministra também enfatizou a segurança das urnas eletrônicas, destacando que “não há possibilidade de adulteração na urna eletrônica”, fato confirmado por investigações conduzidas pela Polícia Federal em diferentes governos.
Os observadores internacionais, provenientes de diversos países da África e América Latina, incluindo Angola, não ficarão restritos a Brasília. Está previsto que parte do grupo visite o município de Paraíso de Goiás, localizado a 40 km da capital federal, para acompanhar o processo de votação no domingo. Além disso, representantes serão distribuídos por outras cidades brasileiras para observar as eleições in loco.
Combate à desinformação
Carmen Lúcia também abordou os desafios contemporâneos relacionados à tecnologia e à desinformação. A ministra alertou sobre o perigo dos algoritmos controlados por interesses particulares, fazendo um paralelo com práticas antidemocráticas do passado, como o voto de cabresto. “Hoje, alguém impõe na nossa máquina, no nosso celular, no nosso computador algo que nos desenforma e nos encabresta para o mesmo lugar como se fôssemos apenas manipulados, sem condições de livremente escolher”, advertiu.
A visita dos observadores internacionais reforça o compromisso do Brasil com a transparência eleitoral e a cooperação internacional em questões democráticas. Além dos 80 observadores estrangeiros, 259 observadores nacionais estarão distribuídos em 23 estados, garantindo uma ampla cobertura do processo eleitoral em todo o território nacional.