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    Candidaturas a prefeito são confirmadas sem vice; saiba até quando chapas devem ser fechadas

    Definição exige estratégia porque se desdobra em uma série de consequências, diz especialista

    Renata Souzada CNN , São Paulo

    Em meio ao período das convenções partidárias, que acontecem entre 20 de julho e 5 de agosto, alguns candidatos a prefeito têm sido oficializados sem vice definido. 

    No Rio de Janeiro, por exemplo, os líderes das pesquisas, Eduardo Paes (PSD) e Alexandre Ramagem (PL), estão sem vices. Em São Paulo, a situação é a mesma de Tabata Amaral (PSB), que teve sua candidatura confirmada no sábado (27). 

    Segundo o cientista político Eduardo Grin, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a escolha do vice demanda estratégia, porque está associada a diversas consequências, como negociações por tempo de televisão no horário eleitoral, por exemplo.

    “Há uma estratégia dos partidos de deixar esse espaço vago ao limite do prazo legal para com isso tentar compor uma chapa mais competitiva, ampliando a entrada em seguimentos novos, ganhar mais tempo de TV, ter um candidato a vice que seja confiável e que não vá conspirar contra o prefeito ou criar empecilhos na sua gestão”, explicou à CNN.

    Limite

    Com o primeiro turno marcado para 6 de outubro, os partidos terão até 15 de agosto para registrar os nomes de seus candidatos na Justiça Federal e, portanto, definir como a chapa que concorrerá a Prefeitura será formada. 

    Além dos impactos na campanha eleitoral, a escolha do vice também será fundamental caso o candidato seja eleito. O caso do prefeito Eduardo Paes, que tenta a reeleição na capital fluminense, ilustra um dos cenários do que pode acontecer após o pleito, segundo avaliação de Grin.

    Favorito nas pesquisas de intenção de voto, de acordo com o Índice CNN, a análise do cientista político é de que Paes “deverá se eleger com muita facilidade no primeiro turno e deverá postular o Governo do Estado de 2026”.

    Nesse caso, o atual prefeito do Rio pode optar por uma “chapa pura”, ou seja, com candidato a vice da mesma sigla, para que a prefeitura continue com o seu partido caso ele próprio não termine o mandato, explica.

    “Por todos esses critérios, é uma grande engenharia política. Nesse sentido, no momento em que os partidos lançam suas candidaturas a prefeito não necessariamente esse conjunto de discussões está bem amarrado”, afirma o professor.

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