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    Campanha de Nunes prepara esquema para evitar encontro entre Bolsonaro e Valdemar

    Convenção do prefeito está marcada para o dia 03, no estacionamento da Assembleia Legislativa de São Paulo

    Jussara SoaresGustavo Uribeda CNN , Brasília

    A campanha à reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB) prepara um esquema para evitar desrespeito a decisão judicial.

    Desde fevereiro, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, proibiu o contato entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto.

    Os dois, no entanto, estarão na convenção à reeleição do prefeito, como antecipou a CNN na semana passada.

    Para evitar um encontro, a equipe do prefeito prepara um esquema logístico para que eles não tenham contato.

    A ideia seria que ambos participem de momentos diferentes da solenidade, em horários distintos.

    Além de Bolsonaro e Valdemar, o ex-presidente Michel Temer, do MDB, também participará da confirmação da candidatura do prefeito. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro ainda não confirmou presença.

    Desde fevereiro, Bolsonaro e Valdemar têm adotado estratégias logísticas para evitar um encontro que desrespeite decisão judicial.

    Inclusive, o dirigente do partido teve que mudar seu gabinete de andar, na sede nacional da legenda, para não se encontrar com o ex-presidente na entrada e saída do diretório da legenda.

    Valdemar pediu ajuda do ex-presidente Michel Temer para uma audiência com Moraes em agosto. O objetivo é tentar convencê-lo a derrubar a restrição.

    O receio do dirigente partidário é capitanear uma campanha municipal sem poder ter contato com o principal cabo-eleitoral de seu partido.

    Recentemente, o senador Rogério Marinho (PL-RN) assumiu a secretaria-geral da sigla com o objetivo de ser um mediador entre Bolsonaro e Valdemar.

    Boulos

    A presença de Bolsonaro na convenção de Nunes deve ser usada como retórica pela campanha do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP).

    A ideia é utilizar as imagens de ambos juntos para tentar aumentar a rejeição ao prefeito, hoje menor do que a de Boulos.

    As pesquisas recentes mostrar que a rejeição a Bolsonaro é maior na capital paulista do que a do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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