Após Lula pedir voto em ato, Boulos diz que “parece que tem gente desesperada”
Adversários do pré-candidato a prefeito de São Paulo começam a tomar medidas judiciais por suposto crime eleitoral
O pré-candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) disse que “parece que tem gente desesperada” após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pedir voto para ele em ato de 1º de Maio.
Adversários começarem a entrar com ações na Justiça ou representações no Ministério Público (MP) após episódio, considerado crime eleitoral por especialistas e ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ouvidos pela CNN.
A manifestação de Boulos sobre os adversários foi feita em publicação em sua conta na rede social Instagram.
Ações no MP e na Justiça
O deputado federal Kim Kataguiri (União), também pré-candidato, acionou o Ministério Público (MP) contra Lula e Boulos. “O objetivo é que o Ministério Público tome medidas para investigar e, se necessário, punir a campanha antecipada”.
Já o Novo, da pré-candidata Marian Helena, entrou com uma ação na Justiça por abuso de poder político de Lula. O partido também promete acionar o MP pelo governo federal ter feito a transmissão do discurso em que houve pedido de voto.
O MDB, do prefeito e pré-candidato à reeleição Ricardo Nunes, disse que o advogado do diretório municipal do partido, Ricardo Vita Porto, “vai promover as medidas jurídicas cabíveis”, buscando uma multa para Lula e Boulos sobre o episódio.
Segundo a nota, houve “propaganda eleitoral antecipada, uma vez que houve pedido expresso de votos”. A pré-campanha de Boulos, por sua vez, disse que Nunes quer criar “cortina de fumaça” ao fazer a judicialização.
De acordo com o calendário eleitoral de 2024, a propaganda eleitoral pode ser feita a partir de 16 de agosto, data posterior ao término do prazo para registro de candidaturas.
Antes do período, qualquer propaganda ou manifestação com pedido explicito de voto pode ser considerada irregular e passível de multa.