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    Xangai tenta retomar normalidade econômica após bloqueio contra a Covid-19

    Autoridades do distrito se comprometeram a permitir que todas as empresas reabram a partir desta quarta-feira (1º)

    Economia da China foi duramente atingida pela pandemia e pela abordagem "zero Covid" do governo
    Economia da China foi duramente atingida pela pandemia e pela abordagem "zero Covid" do governo 15/10/2021. REUTERS/Aly Song

    Michelle Tohdo CNN Business

    A cidade mais rica e internacional da China está tentando voltar aos negócios como de costume após um bloqueio de dois meses, mas algumas restrições permanecerão em vigor.

    As autoridades de Xangai se comprometeram no domingo (30) a permitir que todas as empresas reabram a partir desta quarta-feira (1º).

    O vice-prefeito da cidade, Wu Qing, anunciou o afrouxamento das restrições em uma coletiva de imprensa, juntamente com uma série de 50 novas medidas sendo tomadas para reviver a economia da cidade.

    A partir de 1º de junho, as empresas não precisarão mais da chamada “lista branca” para ter funcionários trabalhando no local. No entanto, aqueles que desejam chegar ao trabalho ainda serão obrigados a apresentar um teste de Covid-19 negativo, 72 horas antes de usar o transporte público.

    Xangai está sob alguma forma de bloqueio desde o final de março, deixando dezenas de milhões de pessoas confinadas em casa e levando a altos níveis de angústia pública. As restrições derrubaram os negócios em praticamente todos os setores e paralisaram a cidade.

    Grandes montadoras, incluindo Tesla (TSLA) e Volkswagen (VLKAF), foram forçadas a suspender a produção temporariamente, enquanto fabricantes de eletrônicos como a Apple (AAPL) também relataram graves interrupções na cadeia de suprimentos em toda a cidade.

    Algumas empresas também operam sob os chamados sistemas de “circuito fechado”, que permitem que o pessoal essencial continue trabalhando, desde que permaneça dentro de certos parâmetros.

    No domingo, as autoridades disseram que trabalhariam para flexibilizar as regras “irracionais” da contra a Covid-19. O governo também planeja oferecer incentivos fiscais e assistência de aluguel para empresas e apoio a alguns projetos de construção.

    Também reduzirá o imposto sobre vendas de alguns veículos de passageiros e concederá subsídios para aqueles que substituirem seus carros por carros puramente elétricos, de acordo com a agência de notícias estatal Xinhua. Xangai registrou zero vendas de carros em todo o mês de abril.

    As preocupações permanecem

    A economia da China foi duramente atingida pela pandemia e pela abordagem “zero Covid” do governo, forçando os analistas a reduzir suas previsões de crescimento para o ano.

    Na semana passada, o UBS rebaixou sua estimativa de PIB para 2022 para 3%, muito abaixo da meta oficial da China de 5,5%.

    “As restrições persistentes e a falta de clareza sobre uma estratégia de saída da atual política de Covid-19 provavelmente diminuirão a confiança das empresas e do consumidor e impedirão a liberação da demanda reprimida”, escreveram os economistas do banco em um relatório.

    A gravidade da situação levou as principais autoridades chinesas a realizar uma reunião de emergência na semana passada, na qual prometeram implementar novas medidas de alívio para ajudar a estabilizar a economia.

    Isso inclui empréstimos para pequenas empresas, reembolsos de impostos mais altos e apoio financeiro para o setor de aviação.

    Eric Zheng, presidente da Câmara Americana de Comércio em Xangai, disse que, embora tenha saudado as novas medidas da cidade, elas não aliviaram todas as suas preocupações.

    “Para as empresas americanas, a prioridade número um é retomar as operações normais o mais rápido possível”, disse ele ao CNN Business.

    “Mas com muita frequência, os funcionários do subdistrito e até do bairro impediram ou retardaram a retomada das operações comerciais impondo burocracia excessiva”.

    Investidores de toda a região pareciam acolher a notícia nesta segunda-feira (31).

    Os mercados asiáticos subiram, com o índice Nikkei do Japão (N225) e o índice Hang Seng de Hong Kong (HSI) cada um subindo mais de 2%. O Kospi da Coreia do Sul (KOSPI) saltou 1,2%.

    A reação é “um claro sinal de que a luz no final do bloqueio… ficou um pouco mais brilhante”, disse Stephen Innes, sócio-gerente da SPI Asset Management, à CNN Business.

    Mas os mercados chineses estavam mais silenciosos. O índice de referência Shanghai Composite (SHCOMP) subiu 0,6%, enquanto o Shenzhen Composite ganhou 1%.

    “A resposta morna sobre as ações do continente sugere que pode ser necessária uma reabertura econômica mais ampla”, disse Innes.

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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