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    Waack: Quando o poder político interfere na Petrobras, em geral, é desastroso

    É muito difícil, ou quase impossível, o governo convencer os mercados e os agentes econômicos que não está tentando mudar a política de governança da empresa

    Da CNN, em São Paulo

    No quadro CNN Poder desta segunda-feira (22), na CNN Rádio, William Waack comenta a troca de comando na Petrobras depois de o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) indicar o general Joaquim Silva e Luna para substituir Roberto Castello Branco

    “Quando o poder político começa a interferir na principal produtora de petróleo do país, a Petrobras, e começa achar que a empresa não está fazendo o que a política precisa que seja feito, em geral, o resultado é desastroso”, disse Waack.

    O jornalista destacou que as pessoas envolvidas na sucessão do atual presidente da estatal têm excelente reputação profissional, como o ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, e o próprio general Luna, que preside Itaipu.

    No entanto, Waack considera “muito difícil ou quase impossível”, que governo Bolsonaro convença os mercados e os agentes econômicos que não está tentando mudar na Petrobras a política de governança “que tirou a empresa do buraco criado por interferência política do PT”.

    “O quadro é perigoso, delicado. Essa governança da Petrobras veio depois da Lava Jato, de corrupção, de escândalo, perdas bilionárias e prejuízos imensos ao país e aos acionistas. Tomara que isso não esteja se repetindo”, opinou.

    O jornalista apontou ainda que o que mais prejudica a formação de preço dos combustíveis é o fator político. “E aí as comparações são imediatas com o que aconteceu na Venezuela, em países produtores de petróleo na África, no Oriente Médio, na Argentina.”