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    Você sabe o que significa Gestão Inclusiva?

    Cada vez mais empresas destinam recursos específicos e destacam fortes lideranças do mercado para desenvolver trabalhos nas áreas de diversidade e inclusão

    A gestão inclusiva garante mais respeito e ética para o ambiente de trabalho
    A gestão inclusiva garante mais respeito e ética para o ambiente de trabalho Clay Banks on Unsplash

    Rafael Câmarada CNN

    São Paulo

    Qual o caminho que grandes companhias estão trilhando nessa jornada pela Diversidade e Inclusão?

    Quem se arrisca nessa resposta, já que muitos fatores devem ser levados em consideração quando uma empresa decide por qual rumo deve seguir nos próximos dez, quinze ou mais de vinte anos?

    Definitivamente eu não sei a resposta, mas de uma coisa eu tenho certeza. Diversidade e inclusão devem entrar nessa conta. Não só entrar, como também ocupar um papel fundamental e porque não dizer estratégico para o sucesso nos negócios.

    Mesmo sendo um dos principais pilares da cultura de muitas companhias, a área de D&I tem que estar alinhada com os rumos da companhia e objetivos nas mentes das lideranças.
    Daí a necessidade de se ter, cada vez mais, uma gestão inclusiva, que promove um ambiente diverso, saudável, inclusivo e principalmente com propósito.

    Quem vem apostando nesse tipo de gestão é o Grupo Carrefour Brasil, que seguia desde 2002, com uma gerência de Diversidade e Inclusão, e agora passou a ter uma diretoria voltada exclusivamente para cuidar do tema.

    “A gente passa por um processo de transformação da área de Diversidade e inclusão para uma diretoria de gestão inclusiva, que é um processo muito mais inovador, que é um processo baseado em método e pesquisa que demonstra que não é só essa área que precisa pensar esse tema, mas toda a empresa precisa se comportar pensando em uma forma inclusiva”, explica Esabela Cruz.

    Quem explica essa decisão tomada pelo grupo, é a Diretora de Gestão Inclusiva, Esabela Cruz. Há seis meses no cargo, Esabela assumiu o posto com o desafio de acelerar a estratégia de D&I da companhia. E para ela olhar para a interseccionalidade de seus colaboradores é um dos pontos de mudança dessa nova gestão.

    Esabela Cruz, especialista em gestão inclusiva / Divulgação

    “A gente tomou uma decisão de cada vez menos olhar para os marcadores sociais de forma individualizada, mas olhar de forma intersecional, porque eu quando estou falando de pessoas trans, não estou falando apenas da mulher branca trans ou do homem branco trans, mas estou falando de todos esses marcadores de desigualdades que geram ainda chance de empregabilidade e de ser bem tratado no ambiente”.

    Para que a jornada de diversidade, equidade e inclusão avance nas empresas, é essencial que as lideranças sejam inclusivas, conectando o tema com a essência, valores e cultura da organização e incluindo este tema como pauta estratégica e não uma pauta apenas de gestão de pessoas.

    “A gestão inclusiva contempla líderes que estão abertos ao novo, que valorizam diferentes perspectivas, que dão voz a diferentes pessoas, alavancando suas ideias e gerando discussões saudáveis e que têm coragem para desafiar o status quo. Isso quer dizer que estão comprometidos a se colocar na dianteira e a combater práticas de discriminação e inequidades de oportunidades na empresa” explica a Margareth Goldemberg, Psicóloga, especialista em direitos humanos e gestora executiva do Movimento Mulher 360.

    A gestão inclusiva garante mais respeito e ética para o ambiente de trabalho. Um ambiente acima de tudo seguro. E essa segurança começa no recrutamento.

    “Durante o ano a gente tem várias ações com o time de recrutamento para olhar para públicos específicos, gerando essa sensibilização com esse time de recrutamento que consistentemente recebe orientação, treinamento, formação, para que desde o processo de abordagem com os candidatos, seja realmente inclusivo esse processo”, comenta Esabela Cruz.

    Ainda falando em ambiente seguro, o Grupo Carrefour Brasil aproveitou o mês da visibilidade trans para promover algumas ações como apoio com questões jurídicas, retificação de nomes, suporte psicológico e necessidades médicas.

    “Que eu respeite o nome social, que eu respeite o pronome, a identidade de gênero, essa tem sido uma experiência muito interessante, porque não é só questão trans, a gente olha para todas as identidades de gênero”, conta Esabela Cruz.