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    Vice-presidente do BCE prevê desaceleração da inflação no começo de 2023

    Mesmo com moderação, Luis de Guindos projeta que preços continuam ainda elevados

    Logotipo do Banco Central Europeu (BCE) em Frankfurt, Alemanha
    Logotipo do Banco Central Europeu (BCE) em Frankfurt, Alemanha Reuters/Ralph Orlowski

    Gabriel Caldeira, do Estadão Conteúdo

    O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, afirmou que a inflação deve desacelerar a partir dos dois primeiros trimestres de 2023, após permanecer em torno de 10% nos próximos meses.

    No entanto, ele projeta que os preços continuam em níveis ainda elevados mesmo após moderarem, e por isso a política monetária seguirá fundamental.

    “Faremos todo o necessário para que efetivamente a inflação acabe convergindo para 2%, de forma simétrica e a médio prazo, que é nosso objetivo final”, disse Guindos, em painel durante evento do jornal espanhol Expansión.

    O dirigente alertou que a desaceleração da economia por si só não será suficiente para que a inflação atinja a meta do BCE.

    Segundo Guindos, há possibilidade de que a zona do euro entre em recessão técnica em breve. A piora da situação econômica – junto com o aperto monetário – provocou uma “deterioração importante da estabilidade financeira” no bloco, alertou.

    Dois fatores ainda podem auxiliar o BCE em sua missão de reduzir a inflação. Primeiro e mais certo, a redução do balanço de ativos da entidade, que “ajudará a reduzir o excesso de liquidez nos mercados”.

    As discussões sobre o tema começarão na reunião monetária de dezembro do BCE, como já antecipou a entidade.

    Segundo, Guindos lembrou que a política fiscal de governos europeus não pode operar em “conflito” com as decisões monetárias do BCE.

    O suporte fiscal em meio à crise econômica atual deve ser “dirigido, sustentável e com foco em sustentar a renda da população”, aconselhou.