Viajar, investir ou quitar dívidas: veja como usar o 13º salário com inteligência
Parte do benefício deve ser pago aos trabalhadores com carteira assinada até está quinta-feira (30)
Parte do décimo terceiro salário deve ser pago aos trabalhadores sob o regime CLT — ou seja, com carteira assinada —, até esta quinta-feira (30).
Neste primeiro pagamento, o empregado recebe 50% do salário bruto, sem os descontos. Também entram no cálculo outras verbas salariais, como horas extras, adicionais e comissões.
Mas o que fazer com esse dinheiro?
Segundo a especialista em finanças pessoais Edlaine Lemos, entre as principais dúvidas dos trabalhadores em relação ao destino do benefício estão: investir, quitar dívidas ou criar uma reserva de emergência.
Mas para quem busca uma boa saúde financeira, pagar as dívidas é a escolha ideal e será sempre a melhor opção, diz ela, principalmente para começar o ano com maior tranquilidade no bolso.
“Lembrando que no início do ano chegam outras contas, como IPTU, IPVA, matrícula escolar, material escolar, etc… É importante estar preparado para elas”, afirma.
Mas isso não quer dizer que todo o benefício deva ser dirigido a um único objetivo. Segundo a especialista, mesmo pessoas com contas em atraso devem separar uma fração do pagamento para compor um fundo de emergência.
“Os imprevistos vão acontecer, só não sabemos quando”, acrescenta.
Caso você já tenha se livrado das dívidas e queira investir o dinheiro, a especialista recomenda considerar alguns fatores.
Ela diz que, em primeiro lugar, o investimento deve ser colocado em uma aplicação segura e que, de preferência, renda mais que a poupança.
O fator liquidez, ou seja, a disponibilidade imediata do dinheiro, também é fundamental para a escolha, pontua ela.
“Para isso temos boas opções, como o Tesouro Selic e CDBs de liquidez diária”, avalia.
Já para aqueles que já têm reserva de emergência formada — com o valor de, no mínimo, seis salários mensais — o décimo terceiro pode ser uma oportunidade para procurar investimentos que rendam mais. No entanto, o primeiro passo é conhecer seu perfil de investidor.
As aplicações em renda fixa, por exemplo, são mais indicadas para perfis conservadores. Já para quem topa algum tipo de risco, investir em renda variável pode ser outra opção, destaca a especialista.
Além disso, usar o benefício para algum tipo de lazer, como uma viagem, também é uma opção para quem já quitou todas as dívidas e tem um fundo de reserva completo.
“Com tantas oportunidades, é possível construir uma carteira diversificada, aumentando as chances de sucesso e suavizando os riscos”, conclui.
Veja também: Arrecadação do governo federal cresce e atinge R$ 215 bi em outubro
