Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Vendas no comércio varejista recuam 0,6% em novembro, diz IBGE

    Na comparação mensal, é a primeira vez que o setor fica no campo negativo desde julho de 2022 (-0,2%)

    Comércio popular no Rio de Janeiro
    Comércio popular no Rio de Janeiro 23/12/2020REUTERS/Pilar Olivares

    Da CNN

    O volume de vendas do comércio varejista no país registrou queda de 0,6% na passagem de outubro para novembro, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (11).

    No acumulado de janeiro a novembro, o varejo avançou 1,1% e, nos últimos 12 meses, 0,6%

    O mercado esperava recuo de 0,3% no mês e alta de 1,9% na comparação anual, segundo pesquisa da Reuters.

    Na comparação mensal, é a primeira vez que o setor fica no campo negativo desde julho de 2022 (-0,2%), destaca o IBGE. Com isso, o setor se encontra 3,6% abaixo do maior nível da série, registrado em novembro de 2020, e 2,6% acima do patamar pré-pandemia, de fevereiro do mesmo ano.

    Seis das oito atividades pesquisadas tiveram resultados negativos em novembro. As principais influências sobre o índice geral vieram de Combustíveis e lubrificantes (-5,4%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-3,4%).

    Inflação é um dos fatores que explicam o resultado negativo do setor de combustíveis, segundo o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.

    “Novembro foi o primeiro mês em que os preços dos combustíveis voltaram a crescer após uma sequência de deflação que se iniciou em julho do ano passado. Isso impactou as receitas das empresas. Outro ponto é que novembro não é um mês de grandes movimentos nos transportes, já que as famílias costumam esperar para viajar em dezembro”, diz em nota.

    O especialista destaca ainda o resultado abaixo do esperado das vendas da Black Friday, que acontece no fim de novembro.

    “Esse desempenho mais fraco da Black Friday contribui fortemente para o resultado negativo do setor varejista em novembro. As condições macroeconômicas, como a falta de crescimento de crédito, a alta dos juros, a estabilidade do valor do Auxílio Brasil e a volta da inflação, acabam impactando a renda das famílias e diminuem o consumo”, diz.

    Outros destaques do campo negativo foram Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,7%), Tecidos, vestuário e calçados (-0,8%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,3%), e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,2%).

    As únicas atividades que avançaram na comparação com outubro foram Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,7%) e Móveis e eletrodomésticos (2,2%).