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    Vendas de alianças de noivado caem fortemente nos EUA, diz maior joalheria do país

    De acordo com a Signet Jewelers, pandemia prejudicou vendas de anéis, pois relacionamentos foram interrompidos devido às restrições sociais

    Casais, em média, ficam noivos cerca de 3,25 anos após começarem a namorar
    Casais, em média, ficam noivos cerca de 3,25 anos após começarem a namorar freepic.diller/Freepik

    Parija Kavilanzda CNN*

    Parece ser um momento turbulento para os varejistas que atendem casais apaixonados. Logo após a David’s Bridal, a maior comerciante de vestidos de noiva dos EUA que declarou falência na semana passada, outra grande vendedora de símbolos de amor duradouro, como alianças, revelou que seu negócio ainda não se recuperou da Covid-19.

    De acordo com a Signet Jewelers, a maior joalheria dos Estados Unidos, a pandemia prejudicou as vendas de anéis de noivado, pois os relacionamentos foram interrompidos devido às restrições.

    A Signet Jewelers, com marcas como Zales, Jared, Kay Jewelers e Diamonds Direct sob seu guarda-chuva corporativo, disse que muitos relacionamentos iniciais em particular desapareceram quando os bloqueios começaram no inverno e na primavera de 2020, apenas para serem seguidos por um dramático declínio no namoro.

    Isso criou, segundo ele, uma “lacuna de compromisso”.

    “Ainda estamos vendo isso hoje”, disse Jamie Singleton, presidente e diretor de consumo da Signet Jewelers, durante o dia do investidor da empresa na semana passada.

    Citando uma pesquisa da empresa, Singleton disse que os casais, em média, ficam noivos cerca de 3,2 anos após começarem a namorar.

    “Portanto, o que aconteceu nos últimos dois anos é o que previmos e o que planejamos”, disse. “As vendas de joias de noivado foram fracas no ano fiscal de 2023 [até abril] e esperamos que continuem assim até o final do ano fiscal de 2024.”

    A categoria precisará crescer aproximadamente 25% até o ano civil de 2026 apenas para retornar aos níveis de compromissos anteriores, destacou.

    Mas, conforme Singleton, há alguma evidência de uma reviravolta. E é vital para os negócios da Signet, pois 50% das vendas de mercadorias da empresa vêm do segmento nupcial.

    “À medida que as pessoas começam a voltar após os bloqueios, monitoramos o retorno do namoro… Namoro, de fato, aumentou 8% em relação ao pré-Covid.”

    Isso não significa que os compromissos vão se recuperar repentinamente, mas que o potencial é promissor para uma retomada. “Estamos confiantes na virada que está chegando”, falou.

    A CEO da Signet Jewelers, Virginia C. Drosos, disse aos investidores que a empresa está se esforçando para atingir uma meta de receita de US$ 9 bilhões a US$ 10 bilhões anualmente nos próximos três a cinco anos “à medida que os compromissos retornam aos níveis normais”. Ela acrescenta que a Signet tem atualmente 30% de participação no mercado de joias para noivas.

    “Estávamos prevendo esse vento de cauda que se aproximava”, destaca. “Esperamos que isso gere uma vantagem significativa em nossos negócios nos próximos anos.”

    Enquanto isso, a pandemia também afetou as vendas de vestidos de noiva, já que reuniões sociais de todos os tipos pararam e os casais adiaram seus casamentos.

    Como as datas foram remarcadas para depois, as noivas tiveram que lidar com a inflação e a incerteza econômica que pressionavam as despesas.

    A David’s Bridal disse que essas macrotendências, bem como a concorrência de varejistas on-line e de segunda mão mais acessíveis, prejudicam seus negócios.

    “Um número crescente de noivas está optando por trajes de casamento menos tradicionais, incluindo vestidos de noiva baratos. Essas mudanças nas preferências do consumidor exacerbaram significativamente a crise financeira da empresa”, disse David’s Bridal em um pedido de falência.

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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