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    Varejo prevê aumento de até 12% em vendas no 2º semestre, diz associação do setor

    No comércio online, Copa deve impulsionar procura por artigos de esporte

    Camile Coutoda CNN , no Rio de Janeiro

    Com grandes eventos, como a Copa do Mundo, e datas comemorativas que aquecem o setor, a expectativa do varejo é que as vendas aumentem até 12% no segundo semestre deste ano, em relação a janeiro a junho de 2022.

    A projeção é da Associação Brasileira do Varejo (ABV), que considera o resultado positivo, porém ainda tímido, levando em conta o fim das medidas restritivas contra a Covid-19 e as possibilidades geradas pelos eventos do período.

    Em entrevista à CNN, Luís Gustavo Santos e Silva, presidente da ABV, explica que há um esforço do varejo para que as vendas atinjam os patamares pré-pandemia, promovendo promoções e campanhas para estimular uma demanda que, até então, manteve-se reprimida nos últimos dois anos.

    “O setor privado, no anseio da retomada econômica e perspectiva positiva para o consumo no futuro próximo, tem empenhado esforços consideráveis em suas atividades, recompondo quadro de funcionários, gerando emprego, mas também precisamos levar em consideração a queda do poder de compra do brasileiro com a inflação“, diz Silva.

    “Assim, acreditamos que haja um aumento, mesmo que tímido e paulatino, no consumo da população. O varejo, se adaptando ao ‘novo normal’, irá colher estes frutos num futuro próximo.”

    De acordo com dados da última Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), nesse ano, o comércio varejista avançou 2,3% até abril, enquanto nos últimos dozes meses, o resultado foi de 0,8%.

    Metade das oito atividades avaliadas na pesquisa registrou avanço no volume de vendas de abril em relação a março: móveis e eletrodomésticos (2,3%), tecidos, vestuário e calçados (1,7%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,4%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,1%).

    Já as demais tiveram redução: combustíveis e lubrificantes (-0,1%), hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,1%), livros, jornais, revistas e papelaria (-5,6%) e equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-6,7). Para o varejo ampliado, tanto a atividade de veículos, motos, partes e peças (-0,2%) quanto de material de Construção (-2,0%) tiveram resultados negativos.

    Para a ABV, o setor precisa estar atento às mudanças de hábitos que podem impactar diretamente o desejo de compra do consumidor.

    “As campanhas e promoções para o Dia dos Pais, Copa do Mundo, Dia das Crianças, Black Friday e festas de final de ano vão esquentar as vendas no comércio. Para tanto, o varejo precisa estar preparando e atento para poder aumentar o faturamento e minimizar riscos e perdas, mas levando em consideração os novos hábitos de consumo; experiência e jornada de compra; privacidade e segurança cibernética; processo de logística; integração das plataformas digitais e local físico; e mudanças da jornada de compra e transformação digital. São transformações que já estão em curso e consideradas importantes para retomada da atividade”, pondera o presidente da associação.

    Artigos de esporte devem movimentar vendas virtuais

    Ainda em meio à pandemia de Covid-19, o e-commerce espera ganhar mais espaço nos próximos meses. A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm) estima um valor de R$ 91,5 bilhões, fechando o ano em R$ 165 bilhões, pouco abaixo dos R$ 169,6 bilhões previstos no início de 2022.

    Existe ainda a expectativa que a Copa do Mundo possa trazer um aumento de vendas, considerando principalmente os artigos esportivos e eletrônicos, o que poderia melhorar o resultado em direção aos R$ 170 bilhões.

    Com foco no segundo semestre, a Abcomm avalia o cenário econômico. A entidade aponta que o custo do frete e o aumento dos juros podem gerar impacto nas vendas, afetando a confiança do consumidor.

    A taxa de endividamento das famílias é outro ponto considerado na expectativa no e-commerce.

    Do lado dos varejistas, os reajustes das taxas cobradas pelos marketplaces, plataformas usadas pelos empresários, também impactam.

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