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    Vamos subir até um pouco acima da inflação, diz Guedes sobre salário mínimo

    Ministro da Economia afirmou ainda que a taxa Selic deve iniciar queda em 2023

    Pedro Zanattado CNN Brasil Business

    em São Paulo

    O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o salário mínimo deve receber um reajuste acima da inflação, mas sem dar detalhes sobre quando a correção ocorreria. O ministro se referiu também a aposentadorias e pensões.

    “Se durante a pandemia nós corrigimos o salário mínimo, as aposentadorias e pensões pela inflação, porque agora que acabou a pandemia nós não faríamos isso? Nós vamos subir até um pouco acima da inflação”, disse.

    Guedes participou nesta quarta-feira (26) de uma palestra promovida pela Fucape Business School, em Vitória (ES), quando também afirmou que a taxa Selic deve começar a cair em 2023, pouco antes da decisão Comitê de Política Monetária (Copom) desta quarta-feira (26). “A inflação está caindo, então o juro vai começar a descer no ano que vem e vai empurrar o crescimento mais para cima”.

    O ministro também comentou sobre o desempenho do Brasil frente às demais economias desenvolvidas.

    “A economia começou a crescer, a inflação caiu. De 20 países do G20, só 3 países estão com a inflação mais baixa do que a do Brasil: Japão, China e Arábia Saudita. E o crescimento econômico do G7? O maior é o nosso. Nós vamos crescer mais do que a China este ano”.

    Guedes afirmou também que o Auxílio Brasil é três vezes maior do que outros programas sociais e garantiu que “a turma mais vulnerável está protegida”.

    “Era 0,4% do PIB que eles davam em transferência de recursos com os bolsas família, nós fizemos o Auxílio Brasil, que é 1,5% do PIB, então é três vezes mais. A turma mais vulnerável está protegida”, disse o ministro.

    Disse ainda que para “ajudar o mais pobre” é melhor criar programas de transferência de renda direta, para que parte dos recursos não seja perdida no caminho. Ele ainda defendeu que o governo deve dar “vouchers” como política social, em vez de empréstimos.

    “Família mais frágil, vulnerável, não adianta você dar um empréstimo para o garoto [pagar a faculdade], o garoto daqui a pouco vai ter que trabalhar em um lugar, que não o interessa, para poder pagar de qualquer jeito, desesperado. É família pobre e o menino tem mérito? Passou de ano? Dá um voucher. Eu sou produto de voucher, eu tive voucher a vida toda, eu tirava nota boa na escola e ganhava bolsa de estudo, fui lá para fora, voltei. Então, essas políticas sociais nós temos de fazer”, afirmou.

    O ministro voltou a destacar que o governo tem gerado empregos, citando a criação de 278.085 postos de trabalho medida pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) em setembro. O ministro ainda defendeu que o governo criou 16 milhões de empregos, entre formais e informais.

    Citando a redução da taxa de desemprego, o ministro disse que o país está em uma dinâmica de crescimento próprio, sem dependência do cenário externo.

    *Com informações da Agência Estado.