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    Vamos mudar política de preços da Petrobras com muito critério e no momento certo, diz Lula

    Estatal havia afirmado em nota, na quarta-feira (6), que “não recebeu nenhuma proposta do Ministério das Minas e Energia (MME) a respeito de alteração da política de preços"

    Presidente disse que a Petrobras não pode continuar distribuindo a quantidade de dividendos como que está fazendo e não sobrar dinheiro para fazer investimentos
    Presidente disse que a Petrobras não pode continuar distribuindo a quantidade de dividendos como que está fazendo e não sobrar dinheiro para fazer investimentos Reprodução/ CNN Brasil

    Diego MendesLucas Mendesda CNN

    São Paulo

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou em conversa com jornalistas, nesta quinta-feira (6), sobre a discussão sobre a política de preços da Petrobrás.

    Lula disse ter sido pego de surpresa com a discussão na imprensa entre uma posição do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e uma suposta decisão da direção da companhia.

    O presidente afirmou que a política de preço da Petrobras só será discutida no momento em que ele convocar os responsáveis para discutir o assunto. “Vamos mudar, mas com muito critério. Porque durante a campanha eu disse que era preciso abrasileirar os preços da gasolina e o preço do óleo diesel. O Brasil não tem por que estar submetido a PPI”, declarou.

    Lula reforçou que este é um tema que será discutido “no momento certo”.

    “Eu fui na primeira reunião do Conselho Nacional de Política Energética para discutir uma série de coisas. Vou convocar outras [reuniões] para discutir outras coisas, inclusive a política de preços da Petrobras.”

     

    Referente à política de investimentos da Petrobras, o presidente disse que a estatal não pode continuar distribuindo a quantidade de dividendos como que está fazendo e não sobrar dinheiro para fazer investimentos.

    “O Brasil precisa de investimento da Petrobras. Eu ainda não conversei nem com nosso presidente da Petrobras e nem com o ministro, porque fiquei sabendo hoje dessa divergência. Se houve divergência entre os dois, ela deixará de existir na hora que eu conversar, porque o governo não está discutindo isso”.

    Divergências

    Na quarta-feira (5), a estatal afirmou, por meio de comunicado emitido nesta quarta-feira (5), que “não recebeu nenhuma proposta do Ministério das Minas e Energia (MME) a respeito de alteração da política de preços”.

    O ministro da pasta, Alexandre Silveira, disse em entrevista nesta quarta que o Preço de Paridade Internacional (PPI), referência da estatal para combustíveis, é “absurdo” e será reavaliado após a eleição do novo conselho de administração da Petrobras — que será realizada em 27 de abril.

    No comunicado, a empresa disse que qualquer proposta do governo federal “será comunicada oportunamente ao mercado, e conduzida pelos mecanismos habituais de governança interna da companhia”.

    Após as críticas de Silveira ao mecanismo, a empresa também se comprometeu em combinar “preços competitivos” com o combate de “volatilidades externas”.

    “A Petrobras reafirma seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado nacional, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais”.

    Prates diz que Petrobras não deve praticar PPI

    O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou no último dia 23 que a companhia não deve praticar o Preço de Paridade Internacional.

    Prates também disse que, em sua gestão como presidente da estatal, não haverá o “dogma do PPI”, abrindo espaço para a negociação de preços que levem em consideração o cenário econômico nacional.

    “A gente tem que acabar com o dogma em que você tem que praticar o preço do seu concorrente. Se o seu concorrente é o importador, ele pratica preço de importador. Eu pratico o preço de quem faz petróleo e diesel aqui”, afirmou.