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    Vale quer direcionar parte de sua produção de níquel para carros elétricos após aporte de fundo saudita

    Acordo, que prevê a transferência de parte da Vale Base Metals Limited (VBM), unidade dedicada aos metais de transição energética, para a Manara Minerals, também e deve impulsionar produção de cobre

    Vale pretende direcionar de 30% a 40% da produção de níquel para o mercado bateria de veículos elétricos
    Vale pretende direcionar de 30% a 40% da produção de níquel para o mercado bateria de veículos elétricos REUTERS/Toby Melville

    Iasmin Paivada CNN

    São Paulo

    A Vale projeta um aumento de produção de níquel de 175 quilotoneladas (kt) ao ano para mais de 300 kt após acordo vinculante com a Manara Minerals, uma joint-venture entre a Ma’aden e o Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita (PIF, na sigla em inglês).

    O acordo prevê a transferência de parte da Vale Base Metals Limited (VBM), unidade dedicada aos metais de transição energética, para a Manara Minerals.

    A produção de cobre também deve ser impactada co aumento das 350 quilotoneladas (kt) ao ano para 900 kt ao ano.

    Pelo acordo, a Manara passou a deter 10% da participação da VBM, e outros 3% foram adquiridos pela empresa americana de investimento Engine No. 1. O valor total da operação foi de US$ 3,4 bilhões.

    Segundo a companhia afirmou em nota à CNN, a Vale pretende direcionar de 30% a 40% da produção de níquel Classe I para o mercado bateria de veículos elétricos no médio prazo. 

    Nossos produtos de níquel são adaptados para atender as necessidades de clientes em diferentes setores e geografias, incluindo aqueles que exigem níquel de alta pureza, bem como a cadeia de fornecimento de baterias para veículos elétricos em rápida evolução”, explicou. 

    Já a produção de cobre encara um crescimento sólido de longo prazo, segundo a Vale, impulsionado pela industrialização, construção e expansão da infraestrutura da rede elétrica.

    A mineradora brasileira avalia que as metas ambiciosas de governos de todo o mundo para a descarbonização, juntamente com a queda dos custos de energia renovável e economia verde, serão cruciais para o uso mais intensivo de cobre em energia renovável e projetos de infraestrutura relacionados a veículos elétricos. 

    O diretor-executivo da Manara Minerals e CEO da Ma’aden, Robert Wilt, disse em nota para a imprensa que o investimento na mineradora brasileira é um marco importante para a companhia saudita.

    “Por meio desse investimento vamos aumentar o fornecimento de minérios estratégicos e permitir que a Arábia Saudita desempenhe um papel crescente nas cadeias globais de fornecimento de transição energética”.

    Wilt ainda avalia que o acordo é mais um passo em direção à Visão Saudita 2030, uma estratégia do país para diversificar a economia e reduzir sua dependência em petróleo.

    Isso porque a iniciativa apoiará o desenvolvimento industrial local, criará empregos em todo o Reino saudita e fortalecerá a posição do setor de mineração como o terceiro pilar da economia do país.

    Veja também: Vale anuncia acordo com Tesla para fornecer níquel