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    Uso de cheque cai 23,7% em 2021 e registra menor valor da série histórica

    Segundo a Febraban, avanço de meios de pagamento digitais, incluindo o Pix, são responsáveis pela queda

    Número de cheques compensados é o menor desde o início do levantamento
    Número de cheques compensados é o menor desde o início do levantamento Agência Brasil

    João Pedro Malardo CNN Brasil Business

    em São Paulo

    O uso de cheques no Brasil caiu 23,7% em 2021 em relação a 2020, de acordo com dados da Federação Nacional de Bancos (Febraban) divulgados nesta sexta-feira (14). Ao todo, foram compensados 218,9 milhões de cheques, o menor valor da série histórica e uma queda de 93,4% em relação a 1995, primeiro ano de medição.

    Em 2020, foram compensados 287,1 milhões de cheques. O número dos dois anos anteriores está bem distante do dado de 1995, quando foram compensados 3,3 bilhões de cheques, somando R$ 2 trilhões.

    O valor compensado em 2021 foi de R$ 667 bilhões, queda de 67,4% ante 1995 e 0,22% em relação a 2020.

    Já o número de cheques devolvidos no ano passado representou 8,5% do total de cheques compensados, 18,6 milhões. Foi uma queda de 23,7% ante 2020. Em 1996, quando essa categoria passou a ser medidas, foram devolvidos 63,5 milhões de cheques.

    O total de cheques devolvidos sem fundos em 2021 caiu de 15,2 milhões em 2020 para 13,6 milhões, redução de 20,6%. Essa categoria começou a ser medida em 1997, quando foram registrados 56,8 milhões de cheques devolvidos sem fundos.

    Segundo a Febraban, a queda acentuada no uso de cheques no Brasil reflete o avanço dos meios de pagamento digitais, como a internet, o mobile banking e a criação do Pix, que ocorreu em 2020.

    De acordo com Walter Faria, diretor-adjunto de serviços da Febraban, os meios digitais correspondem hoje a 67% de todas as transações feitas no país.

    Para ele, o processo de digitalização dos clientes bancários foi intensificado pelo surgimento do Pix. O meio de pagamentos instantâneos já soma 7 bilhões de transações, com R$ 4 trilhões em volume financeiro.