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    Única política de preços possível é tratar petróleo como commodity, diz ex-diretor da ANP

    Para David Zylbersztajn, a Petrobras deve seguir as "condições de mercado" para a definição de preços

    Layane Serranoda CNN , em São Paulo

    Em entrevista à CNN, nesta quarta-feira (1°), o ex-diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), David Zylbersztajn, afirmou que tratar o petróleo como uma commmodity é “a única política de preços possível” para a Petrobras.

    “A única politica de preços possível para não repetirmos o que aconteceu no passado é tratar o petróleo como commodity, ou seja, você tem um mercado e é o mercado que vai de alguma maneira sinalizar. Com qualquer commodity você faz isso, para a soja, minério de ferro, para o café. Não deveria ser diferente com o petróleo“, disse.

    Zylbersztajn explicou que, se a estatal optar por vender o combustível por um preço mais caro, importadores podem ganhar mercado da empresa. Mas, se ela decidir vender mais barato, poderia gerar prejuízos e até um desabastecimento no país.

    “Se a Petrobras vender mais caro, um importador vai ganhar mercado da Petrobras. Se a Petrobras vender mais barato, ela vai começar a ter prejuízo e nós vamos ter desabastecimento, é simples assim. Dentro de condições de mercado, se ela fugir da regra de mercado, nós vamos ter sérios problemas como já tivemos no passado”.

    Na noite desta quarta-feira, a estatal divulgou que seu lucro líquido registrado em 2022 foi de R$ 188,33 bilhões, recorde histórico da empresa. Se considerado o quarto trimestre, o lucro líquido registrado é de R$ 43,34 bilhões, alta de 37,6% em relação ao terceiro trimestre.

    Além disso, a Petrobras aprovou o pagamento de um novo megadividendo aos acionistas. A decisão foi tomada pelos onze integrantes do Conselho de Administração, que inclui o novo presidente da estatal, Jean Paul Prates (PT).

    Confira a entrevista completa no vídeo acima.

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