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    UE está preparada para custo econômico de sanções à Rússia, dizem autoridades

    Países que vendem seus produtos para a Rússia verão suas receitas comerciais caírem, enquanto a Rússia, principal fornecedor de energia da Europa, pode retaliar no setor

    O comissário europeu de Economia, Paolo Gentiloni, fala enquanto participa de uma reunião de ministros das Finanças da zona do euro em Bruxelas, Bélgica, em 17 de janeiro de 2022
    O comissário europeu de Economia, Paolo Gentiloni, fala enquanto participa de uma reunião de ministros das Finanças da zona do euro em Bruxelas, Bélgica, em 17 de janeiro de 2022 REUTERS/Yves Herman

    Por Leigh Thomas e Jan Strupczewski, da Reuters

    A União Europeia (UE) está pronta para suportar a dor econômica de impor sanções à Rússia, que deverá vir principalmente dos preços mais altos da energia, disseram autoridades financeiras do bloco nesta sexta-feira (25).

    Os líderes da UE concordaram na última quinta-feira em impor novas sanções aos setores financeiro, energético e de transporte da Rússia, introduzir controles de exportação e colocar mais russos na lista negra pela invasão da Ucrânia por Moscou.

    Isso significa que os países que vendem seus produtos para a Rússia verão suas receitas comerciais caírem, enquanto a Rússia, principal fornecedor de energia da Europa, pode retaliar reduzindo as vendas de gás, petróleo e carvão para a UE.

    “É claro que pagaremos um preço economicamente por esta guerra”, disse o comissário econômico europeu, Paolo Gentiloni, ao iniciar negociações dos ministros das Finanças da UE em Paris.

    “Vamos discutir isso hoje, como essa guerra afetará nossas previsões econômicas”, declarou ele. “Acredito que terá um impacto, mas os custos de reagir a essa invasão, a essa violação do direito internacional, são custos com que temos de arcar.”

    A Comissão Europeia previu no início de fevereiro que o crescimento econômico nos 19 países que compartilham o euro seria de 4,0% neste ano, já abaixo dos 4,3% esperados em novembro passado, devido a mais infecções por Covid-19, gargalos na cadeia de suprimentos e inflação recorde impulsionada por preços da energia.

    “Teremos uma discussão sobre como podemos proteger nosso povo e nossas economias, é claro que há consequências nos setores de energia, por exemplo, mas estamos preparados”, disse o ministro das Finanças alemão, Christian Lindner.