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    UBS e Credit Suisse estão em negociações de emergência; veja os principais acontecimentos

    Movimento acontece às pressas, com as autoridades tentando evitar mais turbulências ao mercado financeiro antes da reabertura dos pregões na segunda-feira

    Da Reuters

    O UBS Group AG está em negociações de emergência para comprar o gigante bancário suíço Credit Suisse por US$ 3,25 bilhões, após uma semana de duras perdas para o banco suíço de 167 anos.

    O movimento acontece às pressas, com as autoridades tentando evitar mais turbulências ao mercado financeiro antes da reabertura dos pregões na segunda-feira (20).

    Abaixo, tudo que você precisa saber para entender os desdobramentos do caso.

     

     

    O que está acontecendo

    • As autoridades suíças estão examinando a imposição de perdas aos detentores de títulos do Credit Suisse como parte de um resgate, disseram duas fontes à Reuters neste domingo (19). No meio tempo, reguladores europeus temem que isso afete a confiança dos investidores em outros lugares do mundo.
    • Uma aquisição do Credit Suisse pelo UBS pode levar o governo suíço a oferecer garantias de até US$ 6 bilhões contra os riscos envolvidos, disseram duas pessoas com conhecimento do assunto anteriormente.
    • O plano do Credit Suisse de separar seu banco de investimentos sob a marca First Boston está sendo questionado pelas negociações de aquisição, informou a Bloomberg News neste domingo. Ainda de acordo com o veículo, o First Citizens BancShares está avaliando uma oferta pelo Silicon Valley Bank, e pelo menos um outro pretendente está considerando seriamente fazer uma oferta.
    • A Mid-Size Bank Coalition of America pediu aos reguladores que estendessem o seguro federal a todos os depósitos por dois anos, informou a Bloomberg, citando uma carta da coalizão.
    • O Banco da Inglaterra indicou a contrapartes internacionais e ao UBS que apoiaria uma proposta de aquisição do Credit Suisse, informou a Sky News.
    • Três proeminentes legisladores dos EUA em questões bancárias disseram que considerariam um limite de seguro federal mais alto para depósitos bancários para impedir uma fuga de grandes depósitos não segurados de bancos menores e regionais.
    • Pelo menos dois grandes bancos da Europa estão examinando cenários de contágio e buscando os reguladores em busca de sinais mais fortes de apoio, disseram à Reuters dois altos executivos próximos às discussões.

    Relembre a crise

    O Credit Suisse, que está entre os 30 bancos mais importantes do sistema financeiro global, está há anos na corda bamba após uma série de escândalos, grandes perdas e erros estratégicos.

    Suas ações caíram 75% nos últimos 12 meses. Mas a crise de confiança aumentou rapidamente este mês.

    A falência do Silicon Valley Bank (SVB) na semana passada, a maior de um credor dos EUA desde a crise financeira global de 2008, levou os investidores a fugir de outros players considerados fracos.

    Então o Credit Suisse soltou outra bomba. Publicando seu relatório anual na terça-feira, o banco de 167 anos reconheceu “fraqueza material” em seus relatórios financeiros, acrescentando que não conseguiu identificar adequadamente os riscos potenciais para suas demonstrações financeiras.

    No dia seguinte, seu maior acionista – o Saudi National Bank – deixou claro que não injetaria mais dinheiro no banco, depois de gastar US$ 1,5 bilhão no ano passado por uma participação de quase 10%. Isso assustou os investidores.

    Em uma nota na quinta-feira, os analistas bancários do JPMorgan escreveram que uma aquisição pelo UBS era o desfecho mais provável.

    O UBS provavelmente separaria os negócios suíços do Credit Suisse, já que a participação de mercado combinada representaria cerca de 30% do mercado bancário doméstico da Suíça e significaria “muito risco de concentração e controle de participação de mercado”, acrescentaram.

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