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    Twitter vai pagar US$ 150 mi em multas nos EUA por suposta violação de privacidade

    De acordo com processo federal, empresa não informou usuários por anos que usou informações de contato para ajudar profissionais de marketing a direcionar publicidade

    Brian Fungdo CNN Business

    Twitter concordou em pagar US$ 150 milhões em multas depois que o governo dos EUA processou a empresa de mídia social na última quarta-feira (25), alegando que enganou os consumidores sobre como protege dados pessoais.

    De acordo com o processo federal, o Twitter não informou os usuários por anos que usou  informações de contato para ajudar os profissionais de marketing a direcionar publicidade — violando um acordo de privacidade de 2011 com a Federal Trade Commission (FTC).

    “Esta prática afetou mais de 140 milhões de usuários do Twitter, ao mesmo tempo em que aumentou a principal fonte de receita do Twitter”, disse a presidente da FTC, Lina Khan, em comunicado.

    O Twitter disse na quarta-feira que o uso de informações pessoais para anúncios foi “inadvertido” e que o incidente foi divulgado pela primeira vez em 2019.

    “Esta questão foi abordada em 17 de setembro de 2019 e hoje queremos reiterar o trabalho que continuaremos a fazer para proteger a privacidade e a segurança das pessoas que usam o Twitter”, escreveu Damien Kieran, diretor de privacidade do Twitter, em uma postagem no blog.

    “Manter os dados seguros e respeitar a privacidade é algo que levamos muito a sério, e cooperamos com a FTC em todas as etapas. Ao chegar a esse acordo, pagamos uma multa de US$ 150 milhões e nos alinhamos com a agência em atualizações e aprimoramentos do programa para garantir que os dados pessoais das pessoas permaneçam seguros e sua privacidade protegida.”

    A ação de quarta-feira, apresentada pela FTC e pelo Departamento de Justiça no Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito Norte da Califórnia, marca a mais recente dor de cabeça para o Twitter em meio a um tumultuado processo de aquisição do bilionário Elon Musk e uma mudança na empresa que levou à saída de vários funcionários seniores.

    Em sua suposta má conduta, o Twitter apenas disse aos usuários que seus números de telefone e endereços de e-mail estavam sendo usados ​​para fins de segurança da conta, mas não mencionou publicidade, de acordo com uma cópia da denúncia vista pela CNN internacional.

    “De pelo menos maio de 2013 até pelo menos setembro de 2019, o Twitter deturpou aos usuários de seu serviço de comunicação online a extensão em que mantinha e protegia a segurança e a privacidade de suas informações de contato não públicas”, diz a queixa.

    A queixa também alega que a conduta do Twitter viola os termos de um acordo de 2011 decorrente de dois incidentes de hackers que resultaram na obtenção de privilégios administrativos pelos invasores na plataforma.

    Sob o acordo, o Twitter foi impedido de enganar o público sobre como protege os dados do consumidor. Violações do acordo podem levar a multas.

    “As declarações falsas do Twitter violam a Lei FTC e a Ordem de 2011, que proíbe especificamente a empresa de fazer declarações falsas sobre a segurança de informações não públicas do consumidor”, dizia a queixa.

    Além da multa de US$ 150 milhões, o novo acordo proposto entre o Twitter e a FTC para resolver as alegações de quarta-feira também impede a empresa de lucrar com o que a FTC descreveu como “dados coletados enganosamente” e permitir métodos de autenticação de usuários que não sejam números de telefone, como aplicativos de autenticação em duas etapas.

    A empresa também será obrigada a informar os usuários sobre sua falha em divulgar sua suposta prática de usar informações de contato para fins publicitários.

    O acordo de quarta-feira ainda precisa ser aprovado pelo tribunal.

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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