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    Turquia anuncia medidas para fortalecer economia e prioriza combate à inflação

    Lira caiu 23% este ano, além da queda de 44% do ano passado, causada por uma série de cortes não ortodoxos nos juros pelo banco central realizados sob pressão do presidente Tayyip Erdogan, apesar do aumento da inflação.

    Combate à inflação continua sendo a prioridade máxima, segundo comunicado do Tesouro
    Combate à inflação continua sendo a prioridade máxima, segundo comunicado do Tesouro Reuters

    Por Daren Butler e Ezgi Erkoyun, da Reuters

    O Tesouro da Turquia afirmou nesta sexta-feira (10) que a luta contra a inflação continua sendo a prioridade em sua política macroeconômica depois que ele e outras instituições estatais anunciaram medidas para apoiar uma economia assolada por preços em alta e a lira em queda.

    O Tesouro disse que emitirá títulos domésticos indexados às receitas de empresas estatais para incentivar a poupança de ativos em liras, o banco central elevou a taxa de compulsório para empréstimos comerciais em lira de 10% para 20% e o órgão de vigilância bancário ajustou um limite de vencimento para empréstimo pessoal.

    “O combate à inflação continua sendo a prioridade máxima. Nesta luta é clara a importância da coordenação entre as instituições e todas as nossas instituições estão atuando com o entendimento de uma luta conjunta”, segundo comunicado do Tesouro.

    As medidas levaram volatilidade à lira. A moeda chegou a se firmar a 16,8 por dólar antes dos anúncios, e foi a 17,3 depois que eles foram apresentados.

    A lira caiu 23% este ano, além da queda de 44% do ano passado, que foi causada por uma série de cortes não ortodoxos nos juros pelo banco central realizados sob pressão do presidente Tayyip Erdogan, apesar do aumento da inflação.

    A crise da lira, por sua vez, agravou a inflação, especialmente este ano, com a guerra na Ucrânia elevando os preços da energia.

    Os problemas econômicos e de mercado ocorrem no momento em que Erdogan enfrenta eleições difíceis em meados de 2023, com seus índices de aprovação já afetados pela disparada da inflação, que atingiu 73,5% em maio.