Trump diz que, se empresa americana não comprar TikTok, app será banido dos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse a repórteres nesta segunda-feira (3) que, caso a Microsoft ou outra empresa americana não compre o TikTok até o dia 15 de setembro, o aplicativo chinês será banido do país.

Trump acusa o TikTok de pegar dados dos americanos e ajudar o governo chinês com espionagem. 

No último domingo (2), a Microsoft disse que seu CEO, Satya Nadella, conversou com Trump sobre a compra do aplicativo, que é de propriedade da start-up chinesa ByteDance.

Há semanas, autoridades americanas expressam preocupação com o aplicativo, à medida que as tensões entre os Estados Unidos e a China aumentam, com muitos afirmando que ele pode representar um risco à segurança nacional.

“A [Microsoft] está comprometida em adquirir o TikTok, o sujeitar a uma revisão completa da segurança e fornecer benefícios econômicos adequados aos Estados Unidos”, disse a empresa em comunicado, acrescentando que “se moverá rapidamente” para conversar com a ByteDance “em questão de semanas.”

Leia e assista também

Dona do TikTok pode renunciar à participação para garantir acordo com Trump

Microsoft interrompe negociações com o Tik Tok por ameaça de Trump

Os comentários da Microsoft vieram depois que o Wall Street Journal informou que as conversas da empresa com a ByteDance foram suspensas após comentários de Trump dizendo que baniria o aplicativo.

Em nota, a Microsoft diz apreciar o envolvimento pessoal do governo dos EUA e do presidente na questão. No entanto, a empresa reforça que “essas discussões são preliminares e não há garantia de que uma transação que envolva a Microsoft prossiga”.

O acordo criaria uma nova estrutura na qual a Microsoft seria proprietária e operaria os serviços TikTok nos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia. Como parte do acordo, a Microsoft afirmou que garantiria que todos os dados privados dos usuários americanos do TikTok fossem transferidos e permanecessem nos Estados Unidos.

Trump afirmou também que autorizaria a compra —com um porém. Ele disse que qualquer negociação teria de envolver uma “quantidade substancial de dinheiro” para o Tesouro dos Estados Unidos.

“Agora, eles não têm nenhum direito a não ser que demos a eles. Então, se vamos dar os direitos a eles… tem que vir para este país”, disse. “[O TikTok] é um grande recurso, mas não será um grande recurso nos Estados Unidos a não ser que tenham aprovação nos Estados Unidos”. 

(*sob supervisão de Evelyne Lorenzetti. Com informações da CNN Internacional)