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    Transporte público deve ser o novo vilão da inflação em 2022

    Além de cobrir os custos da pandemia, o reajuste também deverá servir para cobrir o aumento do preço dos combustíveis

    Usuários de transporte público e motoristas de ônibus utilizam máscaras de proteção na rua da Consolação, em São Paulo (29.abr.2020)
    Usuários de transporte público e motoristas de ônibus utilizam máscaras de proteção na rua da Consolação, em São Paulo (29.abr.2020) Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

    Stephanie Alvesda CNN

    Em São Paulo

    O transporte público vem ganhando velocidade para se tornar o novo vilão da inflação em 2022. O setor pretende aumentar o preço das passagens para cobrir o rombo deixado pela baixa demanda de passageiros durante a pandemia.

    Segundo o economista da FGV (Fundação Getulio Vargas) André Braz, além de cobrir os custos da pandemia, o reajuste também deverá servir para cobrir o aumento do preço dos combustíveis.

    “Há a chance de, em 2022, haver um reajuste importante na passagem de ônibus, exatamente porque mão de obra de combustíveis têm uma participação grande na estrutura de custos das empresas”, afirmou Braz.

    O óleo diesel acumula alta de mais de 65% em um ano. Somados a isto, há o possível reajuste salarial da categoria e a baixa demanda de passageiros que, segundo o setor, geraram um prejuízo de mais de R$ 21 bilhões em 20 meses.

    A inflação no transporte gera efeitos em cadeia e já é apontada por especialistas como a grande vilã da economia em 2022.

    Gestores municipais têm defendido mudanças a médio e longo prazo nas concessões e na matemática da composição das tarifas. A curto prazo, a frente nacional de prefeitos fez uma proposta ao governo federal para subsidiar a gratuidade das passagens.

    O Ministério do Desenvolvimento Regional informou em nota que, nos últimos dois anos, adotou medidas para auxiliar governos e empresas do setor na superação dos impactos da pandemia, desde a suspensão de prazos de amortização de financiamentos até o repasse direto de recursos para ações emergenciais. A pasta afirmou que estuda novas possibilidades de financiamentos.